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Falha na CrowdStrike foi causada por bug no controle de qualidade

Apagão ocorreu na última sexta-feira (19) e afetou serviços bancários e de saúde, além de cancelar milhares de voos
24/07/2024 | 16h26

A empresa de segurança cibernética CrowdStrike explicou, em comunicado nesta quarta-feira (24), o motivo da falha que causou o apagão que derrubou computadores no mundo todo. A razão foi um bug no mecanismo de controle de qualidade da empresa.

O apagão ocorreu na última sexta-feira (19) e afetou serviços bancários e de saúde, além de cancelar milhares de voos em aeroportos ao redor do mundo. O Falcon Sensor da CrowdStrike — uma plataforma que protege ataques de softwares malciosos e hackers –, apresentou erro que forçou os dispositivos que rodavam o sistema Windows, da Microsoft, da travarem, mostrando a famosa “Tela Azul”.

Falha fez diversos computadores ao redor do mundo darem tela azul (Harun Ozalp/Getty Images)

Em comunicado, a CrowdStrike informou que “devido a um bug no validador de conteúdo, uma das duas instâncias de modelo passou pela validação, apesar de conter dados de conteúdo problemáticos”.

O comunicado explica que o erro se originou de uma falha de um mecanismo interno de controle de qualidade, permitindo que os dados problemáticos passassem pelas verificações de segurança da própria empresa.

Na nota, a empresa não informou quais seriam os dados de conteúdo, nem o motivo deles serem problemáticos.

Contudo, foi informado que foi adicionado uma “nova verificação” ao processo de controle de qualidade, visando evitar uma nova ocorrência da falha.

Danos da falha

A Microsoft se pronunciou no sábado (20) dizendo que cerca de 8,5 milhões de dispositivos Windows foram afetados. O Comitê de Segurança Interna da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos pediu que o presidente-executivo da CrowdStrike, George Kurtz, preste depoimento sobre o erro aos parlamentares que compõem o colegiado.

Apesar da CrowdStrike já ter divulgado informações para corrigir os sistemas afetados, segundo especialistas, ainda levará tempo até que os sistemas sejam colocados online novemante, pois será necessário eliminar manualmente o código defeituoso.

Uma avaliação completa da extensão dos danos causados pelo erro da empresa ainda está sendo feita.

SAIBA MAIS:

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