O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que o governo federal está empenhado em “desarticular eventuais redes terroristas que tentarem se instalar no Brasil”. Hoje, a Polícia Federal realizou a Operação Trapiche, que prendeu dois suspeitos de associação ao grupo libanês Hezbollah.
“Há indícios, não há confirmação, mas isso mostra a seriedade do governo federal para desarticular eventuais redes associadas a redes internacionais voltadas para o terrorismo”, afirmou Flávio Dino, em evento no Rio de Janeiro.
De acordo com o ministro, a investigação da PF envolve a “hipótese de uma rede terrorista tentando se instalar” no Brasil. “Nós só temos um lado, que é o lado da lei, dos compromissos que o Brasil assumiu”, completou Dino.
Na manhã de hoje, agentes da Polícia Federal realizaram a Operação Trapiche, que teve como objetivo impedir possíveis ações preparatórias de terrorismo e obter provas relacionadas a um potencial recrutamento de brasileiros para atividades extremistas no Brasil.
Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária em São Paulo e 11 mandados de busca e apreensão — um dos suspeitos foi detido no Aeroporto de Guarulhos. Os alvo da ação são militantes associados ao grupo Hezbollah, do Líbano, que são suspeitos de planejar ataques a prédios pertencentes à comunidade judaica no Brasil.
Tanto os responsáveis pelo recrutamento quanto os recrutados devem responder por crimes de formação ou participação em organização terrorista, além da execução de atos preparatórios de terrorismo. As penas máximas para tais crimes somam 15 anos e 6 meses de reclusão.
Os delitos são previstos na Lei de Terrorismo e equiparados a crimes hediondos, considerados inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto, e o cumprimento da pena para esses crimes se dá inicialmente em regime fechado, independentemente de trânsito em julgado da condenação.
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