O Museu Nacional, na Zona Norte do Rio de Janeiro, reabre parcialmente suas portas ao público nesta quarta-feira (2), após sete anos fechado por causa de um incêndio. A reabertura marca um momento histórico para a instituição, que passou por uma extensa reforma.
Orçada em R$ 517 milhões, a reforma do Museu Nacional tem previsão de ser concluída até o fim de 2027. O financiamento da obra foi dividido entre empresas públicas e privadas.
Na reabertura desta quarta, haverá uma exposição especial temporária e a apresentação de algumas das principais peças do acervo recuperado, como o meteorito Bendegó, que resistiu às chamas, e um novo esqueleto de cachalote, exibido sob a claraboia do edifício.

Orçada em R$ 517 milhões, a reforma tem previsão de ser concluída até o fim de 2027. (Foto: Agência Brasil)
Obras em exposição:
- Meteorito Bendegó.
- Esqueleto de cachalote (15,7 metros).
- Esculturas de mármore de Carrara.
- Obras de Gustavo Caboco.
- Elementos arquitetônicos restaurados.
- Fragmentos do crânio de Luzia.
Museu Nacional
Considerado um dos mais antigos e importantes da América Latina, o Museu Nacional fica no antigo Palácio de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, que já foi residência da família real portuguesa e sede do Império do Brasil. Fundado em 1818, ele abrigava um acervo de mais de 20 milhões de itens antes do incêndio de 2018.

(Foto: Agência Brasil)
Entre os objetos que foram perdidos na tragédia, estão fósseis, documentos históricos e artefatos indígenas. Parte dos fragmentos do crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo já encontrado nas Américas, foi recuperada nos escombros.
Novidades do Museu
A partir de agora, os visitantes já podem conhecer a exposição “Entre Gigantes: uma experiência no Museu Nacional”, que marca a reabertura e poderá ser visitada gratuitamente até 31 de agosto. O percurso inclui três ambientes que articulam natureza, patrimônio e arte. Os ingressos estão disponíveis na plataforma de venda Sympla.

Reforma tem previsão de ser concluída até o fim de 2027. (Foto: Agência Brasil)
Na entrada, está o meteorito Bendegó, de 5,6 toneladas, que resistiu ao incêndio. A peça está acompanhada de obras do artista visual indígena Gustavo Caboco. No pátio da escadaria monumental, o destaque é o esqueleto de um cachalote de 15,7 metros, suspenso sob a nova claraboia do edifício. O cachalote é uma espécie de baleia dentada, conhecida por ser o maior cetáceo com dentes do planeta.
A terceira sala é dedicada à história do museu e à reconstrução do palácio, onde estão expostas esculturas de mármore de Carrara, elementos arquitetônicos restaurados e imagens do processo de restauro.
Desde 2021, o Museu Nacional vem ampliando seu acervo por meio do projeto Recompõe, que busca recuperar parte das coleções perdidas no incêndio de 2018. A iniciativa já reuniu mais de 14 mil peças. Entre os objetos recebidos estão conchas, fósseis, peças históricas e animais taxidermizados.
Das mais de 14 mil peças que atualmente integram o acervo, 1.815 devem ser usadas nos novos circuitos de exposição que serão instalados no palácio. O item doado mais conhecido é o manto tupinambá, usado em cerimônias indígenas no século 16 e doado pelo Museu Nacional da Dinamarca.
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Esqueleto de três toneladas pende das novas claraboias do Museu Nacional. (Foto: Reprodução)

Concha doada pelo cantor e compositor Nando Reis para o Museu Nacional. (Foto: Diogo Vasconcellos/ Divulgação/ Museu Nacional)
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