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Após reunião, G7 condena ataque iraniano a Israel e recomenda reconciliação

Grupo esteve reunido por videoconferência e afirmou compromisso em auxiliar a defesa israelense
15/04/2024 | 05h46

Líderes do G7, que agrupa Estados Unidos, Canadá, Itália, Grã-Bretanha, França, Alemanha e Japão, condenaram, neste domingo (14), o ataque do Irã a Israel. O grupo esteve reunido por videoconferência e também afirmou compromisso em auxiliar a defesa israelense caso ocorram novas ofensivas.

“Expressamos total solidariedade e apoio a Israel e ao seu povo e reafirmamos o nosso compromisso com a sua segurança”, informa a declaração emitida pelo G7.

Segundo a entidade, o Irã “avançou ainda mais no sentido da desestabilização da região”. Para o G7, o ataque pode provocar uma escalada “regional incontrolável”.

“Mas isto deve ser evitado. Continuaremos a trabalhar para estabilizar a situação e evitar uma nova escalada. Exigimos que o Irã e cessem os ataques. Estamos prontos para tomar medidas e em resposta a novas iniciativas desestabilizadoras”, diz o documento.

Gaza

O G7 também se prometeu com a entrega de mais ajuda humanitária a Gaza. O grupo ainda confirmou que irá continuar trabalho para o fim dos conflitos.

“Um cessar-fogo imediato e sustentável e a libertação de reféns pelo Hamas, fornecendo maior assistência humanitária aos palestinos necessitados”, diz a nota.

Reunião

A reunião começou por volta das 11h — horário de Brasília. O encontro foi convocado pela Itália, que ocupa a presidência rotativa do órgão. O Conselho de Segurança da ONU também está reunido após convocação emergencial.

O objetivo da reunião do G7 era discutir uma resposta diplomática coordenada, após o lançamento de drones e mísseis iranianos sobre território israelense.

Conselho da ONU

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) também foi convocado para uma reunião de emergência pelo embaixador israelense, Gilad Erdan. O encontro será na tarde deste domingo.

“O ataque iraniano constitui uma grave ameaça à paz e à segurança globais e espero que o Conselho utilize todos os meios para tomar medidas concretas contra o Irã”, afirmou Erdan.

Posições

No fim da noite deste sábado (13), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Segundo o site de notícias Axios, a Casa Branca não vai apoiar nenhum contra-ataque israelense contra o Irã.

Após ataque, presidente Joe Biden se reúne com secretários de Defesa e de Estado, além de comandantes militares. Foto: Divulgação

Também neste sábado, o Irã advertiu os Estados Unidos a “ficarem fora” do conflito com Israel. Na rede social X, a Missão Permanente do Irã nas Nações Unidas afirmou que o “assunto pode ser considerado encerrado”.

“Caso o regime israelense cometa outro erro, a resposta será consideravelmente mais severa. É um conflito entre o Irã e Israel, do qual os Estados Unidos devem ficar longe”, diz o comunicado.

Ataque

O ataque do Irá foi em retaliação após Israel bombardear, no dia 1º de abril, o consulado iraniano em Damasco, na Síria. Na ofensiva, um comandante sênior das Guardas Revolucionárias foi morto.

De acordo com o comandante-chefe do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, Hossein Salami, ainda não há informações sobre a extensão dos danos e o número de baixas em Israel.

Também não está claro a extensão dos danos à base aérea israelense de Nevatim, que foi atingida por pelo menos 15 mísseis balísticos. O governo de Israel diz que a grande maioria dos drones e mísseis foi interceptada.

Salami acrescentou que os Estados Unidos e a França forneceram cobertura aérea a Israel no Iraque, na Jordânia e até em partes da Síria. Porém, “dezenas” de drones e mísseis de cruzeiro e balísticos conseguiram romper as camadas de capacidades defensivas.

ONU condena ataque

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o ataque iraniano a Israel. Ele pediu ainda moderação e cessação imediata das hostilidades entre os dois lados.

“Estou profundamente alarmado com o perigo muito real de uma escalada devastadora em toda a região. Peço a todas as partes que exerçam a máxima contenção para evitar qualquer ação que possa levar a grandes confrontos militares em múltiplas frentes no Médio Oriente”, disse Guterres.

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