De forma inédita, cinco oficiais-generais de quatro estrelas vão prestar depoimento à Polícia Federal nestas quinta (22) e sexta (23). Quatro deles vão depor de forma simultânea hoje na sede da corporação, em Brasília, às 14h30.
Os depoimentos fazem parte das investigações sobre um plano de golpe de Estado para evitar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Serão ouvidos hoje os generais Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Braga Netto (candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro em 2022), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e o almirante Almir Garnier (ex-comandante da Marinha). O general Estevam Theophilo deve depor na sexta (23) em Fortaleza.
Também está marcado para hoje o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na sede da PF. Bolsonaro, no entanto, deve permanecer em silêncio.
O Comando Militar do Planalto, diante do avanço das investigações, realizou ajustes nas celas em seu prédio para se prevenir diante de possíveis prisões de oficiais de alta patente. A informação foi dada inicialmente pela revista Veja.
O motivo no ajuste das celas foi o fato de que os generais de quatro estrelas não poderiam ficar no Batalhão de Polícia do Exército ou no 32º Grupo de Artilharia de Campanha. Para evitar imbróglios, o Comando Militar do Planalto, por ser chefiado por general, seria o local adequado. A informação é da Folha de São Paulo.
Não há, no entanto, informações sobre eventuais prisões de militares de alta patente. A ação do Exército foi preventiva.
Depoimentos
Como revela a coluna da jornalista Juliana Dal Piva, do portal ICL Notícias, Tércio Arnaud Thomaz e o coronel Marcelo Câmara, ex-assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro, devem responder às perguntas da PF no inquérito que apura a tentativa de golpe de estado. A intenção deles é não exercer o direito ao silêncio.
O advogado Eduardo Kuntz, que atua na defesa dos dois, afirmou que a orientação é para que ambos respondam todas as perguntas possíveis.
Bolsonaro
No depoimento marcado para às 14h30, na sede da Polícia Federal, em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro deverá se manter em silêncio. Jair será questionado sobre a tentativa de golpe de Estado ocorrida no Brasil. A defesa pediu a dispensa de Bolsonaro, mas o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou.
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