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Geração Z: problemas de comportamento se refletem no mercado de trabalho

Mais de 30% dos recrutadores preferem contratar trabalhadores mais velhos aos candidatos da Geração Z
01/03/2024 | 10h00

Um estudo do software para currículos ResumeBuilder, divulgado em janeiro deste ano, revelou que mais de 30% dos recrutadores preferem contratar trabalhadores mais velhos aos candidatos da Geração Z.

Segundo a pesquisa, ainda, 30% das empresas tiveram que demitir um jovem da Geração Z após 30 dias do início do trabalho. A informação é da Forbes Brasil.

A chamada ‘Geração Z’ é formada pelos nascidos entre 1995 e 2010. De acordo com dados do Glassdoor, site americano onde funcionários atuais e ex-funcionários avaliam anonimamente as empresas, essa geração deve ultrapassar os Baby Boomers (nascidos entre 1945 e 1964) na força de trabalho este ano.

Segundo os profissionais de RH, já no recrutamento, 58% das pessoas da Geração Z não se vestem adequadamente, 57% não fazem contato visual e 42% têm exigências salariais irracionais. Além disso, 39% não se comunicam bem e 33% não parecem muito interessados ​​ou engajados.

Depois, uma vez contratados, os trabalhadores da Geração Z tendem a se comportar de forma arrogante (60%) e são difíceis de gerir (26%), entre outras coisas.

Os recrutadores, na pesquisa, também, apontaram problemas como as mentiras dos trabalhadores da Geração Z (relatada por 21% dos gestores), falta de ética de trabalho (57%), dificuldade de se relacionar bem com os colegas de trabalho (22%) e atrasos para ​o trabalho (34%) e para reuniões (25%).

Futuro da Geração Z no mercado de trabalho

Novas ferramentas, com a Inteligência Artificial (IA) e outras tecnologias tendem a ser facilmente absorvidas pela Geração Z. Executivos acreditam que, graças à Inteligência Artificial, quase metade (49%) das competências da força de trabalho hoje não serão relevantes daqui a dois anos, mostra uma pesquisa divulgada pela edX, plataforma de educação das universidades Harvard e MIT.

Os Millennials, e as gerações anteriores, como a Geração X e os Baby Boomers, precisam se preparar para a onda de talentos da Geração Z que chega ao mercado e acolher esse novo conjuntos de competências, ao mesmo tempo que os ajudar a treinar e a desenvolverem sua lacuna de habilidades interpessoais, as soft skills.

A tendência, como apontam pesquisas, é que, além de já superar os Baby Boomers neste ano, a Geração Z, em algum momento da década de 2040, começará a superar os Millennials (nascidos entre 1981 a 1995) no mercado de trabalho, também.

 

Inteligência Artificial

Foto: Reuters

A Inteligência Artificial (IA) Generativa deve impactar o mercado de trabalho, também. Cerca de 23% das ocupações devem se modificar até 2027, segundo um estudo elaborado pelo Fórum Econômico Mundial com o apoio da Fundação Dom Cabral.

Segundo relatório da consultoria EY, as IAs devem ter “um impacto descomunal no mercado de trabalho, nas carreiras e nos caminhos de aprendizagem, e nas realidades do trabalho.”

Um estudo da Cortex, plataforma de inteligência de vendas B2B, revelou que a Inteligência Artificial é a habilidade tecnológica mais buscada pelas empresas no mercado de trabalho. Machine Learning e Internet das Coisas completam o ‘top 3’. O estudo foi realizado a partir da análise de três milhões de vagas de emprego divulgadas entre março e junho nos principais portais do Brasil, das quais 34.324 estão relacionadas à Inteligência Artificial.

Em janeiro, um alerta do FMI revelou que o uso das ferramentas de Inteligência Artificial pode afetar até 40% dos empregos atualmente existentes no mundo. Nos países emergentes, como o Brasil, cerca de 40% dos empregos devem ser afetados pela IA.

“Muitos desses países não têm infraestrutura ou mão de obra qualificada para aproveitar os benefícios da IA, aumentando o risco de que, com o tempo, a tecnologia possa piorar a desigualdade”, salientou Kristalina Georgieva chefe do FMI.

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