Em meio aos protestos da população por causa dos aumentos nos preços de alimentos e combustíveis que eclodem mundo a fora, como os vistos de Bangkok à Sicília e, nesta semana, no Peru, muitos governos adotaram subsídios ou isenções fiscais para proteger famílias e empresas dos preços em alta. No entanto, os repasses aumentam a já alta dívida pública, no momento em que os custos dos empréstimos estão subindo.
Segundo a Capital Economics, os governos dos 19 países da zona do euro provavelmente terão déficits orçamentários de cerca de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em média este ano, em parte devido a novos subsídios.
Economistas dizem que os países asiáticos estão em melhor forma para enfrentar o choque inflacionário da guerra na Ucrânia do que em crises anteriores, com finanças públicas mais sólidas e menor dependência de capital estrangeiro. Alguns, como Malásia e Indonésia, são exportadores líquidos de commodities. Receitas mais altas dessas exportações podem ajudar a financiar subsídios sem abrir grandes buracos em seus orçamentos, dizem os economistas.
Países emergentes
As economias emergentes devem refinanciar dívidas no valor de cerca de US$ 7 trilhões este ano, acima dos US$ 5,5 trilhões em 2021.
No Brasil, a Dívida Pública Federal (DPF) avançou em 2,03% em fevereiro, subindo para R$ 5,730 trilhões, ante R$ 5,616 trilhões em janeiro. Os dados são da Secretaria do Tesouro Nacional, divulgados em 30 de março.
Dívida pública precisa ser bem administrada
O fato de que o endividamento público precisa ser controlado não pode ser usado para restringir ainda mais o desenvolvimento e penalizar a população com exclusão de políticas públicas sociais, como pratica o governo Bolsonaro.
A utilização responsável e consciente do endividamento público é importante para o bom desenvolvimento do país. Se bem administrado, permite ampliar o bem-estar da sociedade e favorecer o funcionamento da economia.
Redação ICL Economia
Com informações das agências
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