No mesmo dia em que a Coluna de Juliana Dal Piva revelou, no ICL Notícias, que a empresa Grendene enviou para seus funcionários mensagem perguntando se eles queriam doar itens de sua própria cesta básica para as vítimas da chuva no Rio Grande do Sul (RS), a companhia anunciou lucro de R$ 139,7 milhões só no primeiro trimestre.
A mensagem aos funcionários dizia o seguinte: “Neste momento difícil, onde passamos pela pior tragédia de nossa história, que tal doar os itens da sua cesta básica para as pessoas que mais precisam agora?”
O lucro líquido de R$ 139,7 milhões da companhia dos irmãos Pedro e Alexandre Grendene representa um crescimento de 13,5% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
O lucro operacional foi de R$ 91,7 milhões no primeiro trimestre de 2024, e a linha subiu 137% ante o mesmo período de 2023. O lucro bruto da companhia teve avanço de 10,2% na comparação anual, com R$ 240 milhões no primeiro trimestre de 2024.
“Foi um trimestre de crescimento de receita”, disse Alceu Albuquerque, CFO da companhia em entrevista ao InfoMoney.
![E-mail enviado para funcionários da Grendene sugerindo doação de itens de suas cestas básicas para vítimas do RS. "Entrega no almoxarifado", diz a mensagem enviada pela empresa](https://icln.b-cdn.net/wp-content/uploads/2024/05/Captura-de-Tela-2024-05-08-as-19.10.54.jpg)
E-mail enviado para funcionários da Grendene sugerindo doação de itens de suas cestas básicas para vítimas do RS. “Entrega no almoxarifado”, diz a mensagem enviada pela empresa
Ao contrário do que fez com funcionários, Grendene não sugeriu doação de dividendos dos acionistas para vítimas do RS
Segundo Albuquerque, o mês de maio representa um cenário “desafiador”.
“Mas a gente acha que existem sinais de melhora da economia que podem beneficiar o consumo”, disse o executivo. “As condições estão aptas para uma melhora do cenário.”
Além do balanço do primeiro trimestre, a empresa anunciou na noite de ontem (9/5) o pagamento de dividendos aos seus acionistas no valor total de R$ 75,7 milhões, que serão depositados a partir de 5 de junho.
Desta vez, a empresa não sugeriu aos acionistas a doação de parte dos dividendos para as vítimas do Rio Grande do Sul, muito menos a transferência de qualquer valor dos lucros para o mesmo fim.
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