Um homem, de 26 anos, furtou R$ 500 mil reais da empresa em que trabalhava para pagar apostas em casinos on-line, como o jogo do Tigrinho. O caso aconteceu em Baixa Grande do Ribeirão, a cerca de 574 quilômetros de Teresina.
O suspeito, que não teve a identidade revelada, procurou a Delegacia de Polícia Civil do município, na companhia de um advogado, para confessar o crime. Ele prestou depoimento e segundo o delegado, Marcos Halan, está arrependido e colaborando com a investigação.
O desfalque foi descoberto pelos proprietários da empresa, que começaram a investigar internamente quem estaria envolvido no desvio do dinheiro da empresa. Temendo que a investigação interna da empresa chegasse até o seu nome e ele fosse preso, o homem se apresentou na delegacia.
“Ele está colaborando nos esclarecimentos dos fatos e a família se comprometeu em pagar toda a dívida. Se aproveitou de uma falha na empresa e da posição que ocupava para desviar o dinheiro”, explicou o delegado.
À polícia, o homem apresentou os extratos de suas contas bancárias, onde foi possível verificar os nomes das empresas que operam jogos on-line.
A polícia segue investigando o caso, para verificar a participação de outras pessoas no crime.
“Ao final da investigação, ele pode ser indiciado por furto qualificado com abuso de confiança e organização criminosa. A pena para furto pode variar de dois a oito anos de prisão. Se ficar comprovada a associação criminosa a pena será mais alta”, finalizou o delegado.
Vício em bets
No fim de setembro, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que é preciso considerar o vício em bets com a mesma gravidade que o vício em tabaco.
“É uma pandemia”, afirmou a ministra sobre o vício em apostas. A declaração foi dada depois do lançamento da Campanha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes pelo Ministério da Saúde.
A ministra destacou a importância de regular as apostas online para impedir que as pessoas não entrem em um círculo vicioso.
“É muito importante a regulação, olhar para a publicidade, e colocar, como temos dito, na mesma gravidade do que o Brasil fez em relação ao tabaco, por exemplo”.
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