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Deputados federais que assinaram pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) podem perder cargos no governo federal e encontrar dificuldades na liberação de verbas das emendas parlamentares.

De acordo com a Folha de São Paulo, a informação foi dada pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT–CE), durante reunião nesta terça-feira (27) com parlamentares da base de apoio a Lula.

O entendimento é que os deputados que assinaram o pedido de impeachment — de autoria da deputada Carla Zambelli (PL–SP) e protocolado na última quinta-feira (22) — poderão perder cargos regionais e deverão ser menos atendidos pelo Executivo.

“Quem assinou o impeachment do presidente está dizendo claramente que não está na base. Portanto, se tinha algum tipo de espaço no governo, tem que perder. Essa contradição não pode continuar. Quem assinou, tem que decidir de que lado está: ao lado de Lula ou contra”, disse o deputado Alencar Santana (PT–SP), um dos vice-líderes do governo na Câmara.

Na reunião, também foi discutida a divisão de comando das comissões permanentes da Câmara. O tema, por sinal, deverá ser tratado em encontro na tarde desta terça-feira entre líderes e o presidente da Casa, Arthur Lira (PP–AL).

Segundo a Folha de São Paulo, deputados relataram que, na reunião da manhã desta terça-feira, foi repassada às lideranças uma lista com o nome dos deputados da base que assinaram o pedido de impeachment. Objetivo é fazer com que os líderes iniciem processo para a retirada de apoio ao texto.

Assinaturas

No pedido de impeachment, há assinaturas de deputados do União Brasil, PSD, Republicanos e PP, todos com representantes na Esplanada dos Ministérios.

O União Brasil e PSD ocupam três ministérios, enquanto o Republicanos e PP têm um representante cada.

Pedido de impeachment de Lula

O pedido de impeachment foi encaminhado após o presidente Lula ter comparado a ofensiva de Israel sobre a Faixa de Gaza ao extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.

A abertura do processo, no entanto, depende do presidente Arthur Lira (PP–AL). O parlamentar não tem prazo para analisar pedidos de impeachment. Se arquivado, os deputados podem recorrer ao plenário da Casa.

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