Dr. Gabor Maté, médico pela Universidade de Columbia, com experiência em traumas, doenças autoimunes e transtornos, mostra que a falta de autenticidade pode provocar doenças autoimunes.
Algumas delas são artrite reumatoide, esclerose múltipla, colite, Doença de Crohn, fibromialgia, síndrome de fadiga crônica, que, na maioria das vezes, afetam mais as mulheres. Na verdade, 80% das doenças autoimunes acontecem em mulheres. E qual seria a explicação para isto?
Nós mulheres somos programadas para dizer sim, ser boazinhas e segurarmos nossa raiva em muitas situações. Aceitamos o estresse dos outros, inclusive dos parceiros. Estamos preparadas para cuidar, cuidar e cuidar. Fazemos este papel inconscientemente, assumimos muito estresse, e isto afeta nosso organismo.
Não fomos programadas para dizer NÃO. Aceitamos o que não queremos, fugimos da nossa essência e não mostramos nossas necessidades. Enfim, nos distanciamos da nossa autenticidade.
No meu trabalho com mulheres, a grande maioria delas me questiona “Como posso me moldar ao ambiente em que vivo para viver melhor?”. Aqui a pergunta deveria ser invertida. Para continuar a ser autênticos precisamos observar e nos questionar: “O quanto o ambiente em que vivo pode estar prejudicando minha autenticidade e consequentemente minha saúde?”
Precisamos, em primeiro lugar, ser verdadeiros com nós mesmos. Entender que se o ambiente em que você vive, seja de trabalho ou pessoal está prejudicando sua autenticidade. Você tem que enfrentar a verdade e procurar mudanças, caso contrário seu corpo lhe mostrará manifestando doenças.
Infelizmente, a medicina ocidental tem remédios suficientes para amenizar os sintomas de doenças e tratar os efeitos provocados por elas, mas não investigam os porquês da doença e assim poder curá-las.
Cientificamente, a unidade mente e corpo na medicina tradicional os remédios podem ajudar, mas sempre deveriam fazer a conexão entre corpo, mente e ambiente.
Dr. Maté, em seus longos anos de estudos mostra que traumas não cuidados afetam o indivíduo também com doenças, mesmo muito anos após o ocorrido. Ele sugere que façamos este exercício, uma vez por semana, para entender melhor o que possa estar nos prejudicando.
Sente-se e escreva as respostas para as seguintes perguntas:
1. Quando é que eu não disse ‘não’ esta semana?
Quando quis dizer ‘não’ e disse ‘sim’. Não se julgue, pensando que deveria ter dito não, somente observe, lembrando quando isto aconteceu, e anote.
2. Qual foi o impacto em mim, por não ter dito ‘não’?
Dor nas costas? Insônia? Boca seca? Dor de estômago?
3. Qual a crença que está por trás da minha inabilidade/incapacidade de dizer ‘não’? Qual a crença inconsciente?
Busque a resposta: “Se eu disser não, sou uma pessoa má”. “Se eu disser não, não serei aceita”, “Se eu disser não, me sentirei culpada”, “Se eu disser não, serei egoísta”, entre outras.
4. Onde aprendi esta crença?
Se foi na infância, tente se lembrar por intermédio de quem ou de qual situação.
5. Quem eu seria sem esta crença?
Aqui você vai observar o que você está deixando de fazer por estar ancorada nesta crença. O que você estaria fazendo de positivo consigo e está abrindo mão por causa da crença?
Fazendo este exercício de 20 minutos semanalmente, você começará a enxergar muitas coisas sobre você mesma.
Você vale 20 minutos do seu tempo por semana?
“Você não pode curar ou resolver tudo que enfrenta… mas, não pode corrigir nada que não enfrentar”.
Para sanar algo, temos que enfrentá-lo. Esta é a sua oportunidade.
Comece a reconhecer sua inautenticidade e automaticamente siga na direção da sua autenticidade, podendo ter uma vida física e emocional mais saudável.
Grande abraço,
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