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Itamaraty é acionado após PMs abordarem com arma jovens negros filhos de diplomatas no RJ

Momento foi registrado pelas câmeras do circuito interno do prédio
05/07/2024 | 11h22

O Itamaraty foi acionado depois que um grupo de jovens foi abordado por policiais militares com arma em punho quando entravam em um prédio em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na noite de quarta-feira (3). Entre os adolescentes, dois eram brancos e três negros.

Os três adolescentes negros são filhos de diplomatas do Canadá, do Gabão e de Burkina Faso e estão na faixa entre 13 a 14 anos. Os consulados também investigam o caso, que é denunciado como racismo.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu uma investigação para apurar o que aconteceu. A investigação foi aberta pela Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat), no Leblon, também na Zona Sul da cidade.

As imagens do caso viralizaram nas redes sociais. O momento foi registrado pelas câmeras do circuito interno do prédio. Veja o vídeo:

De acordo com os relatos, os jovens voltaram para casa por volta das 19h00, na rua Prudente de Morais, em Ipanema quando os policiais desceram de uma viatura com fuzis e pistolas e, sem perguntar nada, iniciaram a abordagem quase na portaria do prédio.

A polícia obrigou os adolescentes a tirar o casaco. Nenhum dos meninos negros fala português. De acordo com os jovens, assim que os policiais perceberem o erro, eles liberaram os garotos e ainda chegaram a alertar para “não andarem na rua”, diante do risco de serem abordados novamente. A informação foi dada pelo G1.

“As imagens, os testemunhos e o relato das crianças são claros!! Não há dúvida!! A abordagem foi racial e criminosa. Há anos frequentamos o Rio e nunca presenciei nada parecido no quadradinho de Ipanema com meus filhos. É um lugar aparentemente seguro. Depende pra quem”, disse Raiana Rondhon, mãe de um dos adolescentes nas redes sociais.

O que diz a PM do Rio de Janeiro?

Em nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro diz que os policiais envolvidos na ação portavam câmeras corporais e as imagens serão analisadas para constatar se houve algum excesso por parte dos agentes.

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