O Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO) aumentou o valor da indenização que o deputado federal Gustavo Gayer (PL) terá que pagar por cometer assédio eleitoral durante a campanha de 2022.
Em decisão nesta terça-feira (9), a Justiça condenou o parlamentar a pagar indenização de R$ 100 mil por realizar reuniões com funcionários de diversas empresas de Goiás para promover o então candidato à reeleição Jair Bolsonaro.
Em dezembro de 2023, o TRT-18 também havia determinado ao parlamentar o pagamento de indenização de R$ 80 mil por danos morais. A nova decisão foi tomada após o Ministério Público do Trabalho (MPT) ter recorrido da sentença.
A decisão do TRT-18 é de segunda instância. Assim, cabe recurso pela defesa de Gayer, que poderá recorrer Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Gayer na Câmara dos Deputados. Foto: Divulgação
Justiça reconhece assédio
De acordo com denúncia do MPT, Gayer realizou reuniões com funcionários de diversas empresas para promover “propaganda eleitoral irregular” para o então candidato à reeleição Jair Bolsonaro.
Em um dos casos, Gayer foi a uma padaria, a pedido do proprietário, e fez uma reunião com os empregados para falar sobre “as propostas dos candidatos à Presidência da República”.
No ano passado, após receber uma denúncia anônima, os procuradores entraram com uma liminar na Justiça do Trabalho para impedir a realização de novas reuniões durante o período eleitoral, e o pedido de suspensão foi aceito.
Defesa
A defesa de Gayer nega que o deputado tenha pedido votos para Bolsonaro e alegou que a presença do parlamentar era para “debater a atual conjuntura política do país, em especial nos dias que antecederam a realização do segundo turno das eleições presidenciais”.
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