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O jurista Lenio Streck alertou, nesta segunda-feira (18), para a necessidade de que as instituições reprimam de forma enfática atos golpistas como os observados no Brasil nos últimos tempos. Comentarista do ICL Notícias, Streck se referia também ao caso do ex-ministro da Justiça Andreson Torres, que depois de deixar o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro foi abrigado na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
Conforme revelou o jornalista Paulo Cappelli no Metrópoles nesta segunda, informações armazenadas na nuvem, e que estavam no celular de Torres, mostram que no aparelho tinham imagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enforcado, ameaças intervencionistas e acusações contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“Para a comunidade jurídica e para a comunidade liberal progressista: as instituições têm que dar uma resposta duríssima para isso que aconteceu. Porque os exemplos históricos de ‘passapanismo’ são deletérios, e a História cobra depois. Toda vez que você não faz o seu dever de casa fazendo a devida punição dura, a História cobra”, enfatizou Streck.
O jurista também indagou se é crível considerar que o então presidente, Jair Bolsonaro, desconhecia o que acontecia.
“Vai me dizer, então, que o presidente da República não sabia nada disso? Que o ministro da Justiça estava numa conspiração e o único que estava fora da conspiração golpista era o presidente da República? E outra: o ministro da Justiça do governo Bolsonaro ir para Secretaria de Segurança do Distrito Federal, cujos os chefes da polícia estadual estão presos, vai me dizer também que tudo isso não faz parte de um combo golpista? Havia um combo golpista que envolvia toda essa gente.”
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