O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os chefes dos poderes Legislativo e Judiciário participaram hoje, no Congresso Nacional, da cerimônia ‘Democracia Inabalada’. O ato marcou um ano dos ataques golpistas de 8 de janeiro e também teve as presenças de ministros, governadores e parlamentares – o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), alegou problemas de saúde na família e não participou do evento.
Durante discurso, Lula afirmou que “não há perdão para quem atenta contra a democracia”. Segundo o presidente, todos aqueles que financiaram, planejaram e executaram os ataques golpistas devem ser “exemplarmente” punidos.
“Aqueles que financiaram, planejaram e executaram a tentativa de golpe devem ser exemplarmente punidos. Não há perdão para quem atenta contra a democracia, contra seu país e contra o seu próprio povo. O perdão soaria como impunidade. E a impunidade, como salvo conduto para novos atos terroristas”, disse Lula.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, pregou a pacificação do Brasil e argumentou que o país precisa de “um choque de civilidade”, já que “não há mais espaço para quarteladas”.
“Que venha um tempo de pacificação onde as pessoas que pensam diferente possam sentar à mesma mesa e expor seus argumentos sem se ofenderem ou se desqualificarem. Não há mais espaço na vida brasileira para quarteladas. Precisamos de um choque de civilidade. Ódio nunca mais”, disse Barroso.
Para o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “a democracia venceu”, mas ainda é necessária a punição dos responsáveis pelos ataques golpistas. O magistrado acrescentou que a regulamentação das redes sociais é outro passo importante para a consolidação democrática.
“É momento para olharmos para o futuro e reafirmarmos a urgente necessidade de neutralização de um dos grandes perigos modernos da democracia, a instrumentalização das redes sociais pelo populismo digital extremista”, destacou Moraes.
O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reafirmou o compromisso democrático e destacou que os ataques de 8 de janeiro não representam a vontade popular.
“Os inimigos da democracia disseminam ódio para enganar e recrutar uma parcela da sociedade. Os inimigos da democracia usam um falso discurso político para ascender ao poder, para nele se manter de maneira ilegítima e para dissimular suas reais intenções”, criticou Pacheco.
Já o procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, destacou a atuação do Ministério Público na investigação das responsabilidades pelos ataques de 8 de janeiro. “É a nossa forma de prevenir que o passado que se lamenta não ressurja recrudescido e venha a desordenar o porvir”, disse o PGR.
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