O jornalista e escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro “Ainda estou aqui”, registrou um boletim de ocorrência nesta segunda-feira (7) sobre a agressão sofrida por ele no carnaval de São Paulo deste ano. O livro dele foi a base para o filme homônimo que venceu o prêmio de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025.
Na ocasião do ataque, ele estava sendo homenageado na concentração do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, em São Paulo. Pouco antes do desfile, Marcelo foi agredido por um homem, que atirou contra ele uma mochila, uma lata de cerveja e uma camiseta.
O jornalista, que é cadeirante, não se feriu, mas testemunhas que estavam próximas ficaram machucadas.
“Na hora eu não entendi. Isso deixou minha família muito assustada e me deixou assustado. Demorei (pra fazer o B.O.), tive que viajar, voltei ao Brasil. (…) Esse ódio que tá rolando na internet e nas redes sociais e que foi pra rua tem que acabar, temos que parar com isso”, relatou na porta da delegacia.
Ministério da Cultura se solidarizou com Marcelo
Na ocasião do ataque, o Ministério da Cultura (Minc) manifestou solidariedade a Marcelo.
“É triste receber a notícia de que Marcelo, usando uma máscara da atriz Fernanda Torres, e diante dos vários motivos que temos para comemorar sua vida, resistência e obra, tenha sido alvo dessa situação. Nós, do Ministério da Cultura, repudiamos todo e qualquer ato de violência e nos solidarizamos com esse grande nome da nossa história e cultura. Seguir no festejo só mostra sua grandeza e força”, afirmou a ministra Margareth Menezes, ministra da Cultura.
“O MinC espera que esse triste episódio seja um caso isolado e que todas as pessoas sejam capazes de aproveitar essa festa de todos e para todos com alegria e respeito”, completou.
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