Embora a Meta, dona do Facebook e mais redes sociais tenha dito ao Supremo Tribunal Federal (STF) não ter o vídeo que implica o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos ataques golpistas de 8 de janeiro, fato é que a publicação está disponível na internet. A informação foi revelada pelo site The Intercept.
Ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ação no STF, a Meta informou que o vídeo em questão, publicado por Bolsonaro, seria “materialmente impossível” de ser apresentado. As imagens que a Procuradoria-Geral da República (PGR) buscava foram difundidas pelo ex-presidente na noite de 10 janeiro, dois dias após o ato golpista em Brasília.
No vídeo aparece o procurador Felipe Giménez questionando as urnas eletrônicas e promovendo fake news sobre as eleições. Na gravação, Giménez, sem provas, afirma que o presidente Lula (PT) teria sido “escolhido” pelo Tribunal Superior Eleitoral e pelo STF para ser eleito.
A Meta deveria ter entregue o vídeo ao Supremo até o dia 7 deste mês, entretanto, argumentou que as imagens foram apagadas. Depois da revelação do Intercept, o UOL recuperou as imagens e as publicou.
Peça fundamental
À época, o vídeo foi apagado das redes sociais de Bolsonaro. A PGR considera o conteúdo peça fundamental para apresentar denúncia contra o ex-presidente por incentivo ao crime de ataque golpista às sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro deste ano.
A Meta, em ofício enviado a Moraes na última quinta-feira (7), afirmou que “o cumprimento da obrigação é materialmente impossível, uma vez que o vídeo objeto foi deletado e não está mais disponível nos servidores da empresa”.
A empresa também afirmou que, embora a ordem para a preservação da mídia tenha sido dada em janeiro, dias após os atos, a companhia não foi intimada pelo gabinete do ministro à época da decisão.
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