Interlocutores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) afirmaram à coluna que a chance da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro disputar a Presidência da República no lugar do marido em 2026 é “zero absoluto”.
A afirmação vem depois da pesquisa do Instituto MDA para a Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgada na terça-feira (12). No levantamento, Michelle aparece com intenção de voto melhor que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e outros nomes de direita simulados.
No cenário em que Michelle foi testada, Lula lidera com 34,1% das intenções de voto, e Michelle aparece com 20,5%. Já Pablo Marçal (PRTB-SP) surge com 14,1%. Ciro Gomes (PDT) aparece com 9,3%, e a atual ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), fica com 9,2%.
Já no cenário com Tarcísio, Lula também aparece na liderança com 35,2%. Marçal soma 16,9% e, só em terceiro, Tarcísio surge com 15%, Tebet fica com 9,5% e Ciro soma 9,4%.
Bolsonaro não admite discussão sobre nomes para 2026
A coluna apurou que, no momento, Bolsonaro não aceita sequer discutir a possibilidade de nomes alternativos ao seu para a disputa em 2026. A simples intenção de puxar o assunto gera crise dentro do PL. Ele ainda acredita que pode alterar o cenário de sua inelegibilidade decidida após julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em junho de 2023.
No mês passado, questionado ao lado de Tarcísio sobre quem apoiaria, ele insistiu em seu nome. O ex-presidente respondeu que “o nome é Messias”, em uma autorreferência. Interlocutores de Bolsonaro afirmaram à coluna que a fala foi uma contenção em relação às conversas em torno do nome de Tarcísio para a disputa da presidência em 2026.
Tarcísio de Freitas também foi questionado, pouco antes, se espera o apoio do MDB para concorrer à Presidência, mas tergiversou. “O candidato a presidente é Bolsonaro.”
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