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Ministra da Saúde faz desabafo, chora em reunião e é cobrada por Lula

Nísia Trindade tem sido alvo de pressão, mas presidente afirma que ninguém vai tirar a titular do cargo
18/03/2024 | 18h49

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, precisou deixar a reunião ministerial comandada pelo presidente Luiz Inácio da Silva, nesta segunda-feira (18), após se emocionar ao fazer um balanço das atividades da pasta. Ela tem sido alvo de pressão do Congresso e do PT do Rio.

Nísia Trindade abordou três temas na reunião de ministros. Segundo relatos de presentes ao encontro, a titular da Saúde falou sobre epidemia de dengue, gestão dos hospitais federais do Rio e a crise Yanomami.

Ao falar dos hospitais federais, a ministra relatou ter dificuldade para encontrar pessoas para o comando das unidades. Ela afirmou ainda que desagradou ao PT ao fazer mudanças nos postos.

Lula que ela tinha o apoio para tirar e manter secretário e para corrigir o rumo, mas que tinha que melhorar sua relação com o Congresso. Nesse momento, Nísia chorou.

Ministra cria comitê

Na reunião, Nísia também afirmou que montou um comitê no Ministério para centralizar as ações sobre as unidades de saúde. O objetivo é atuar junto com a direção dos hospitais para verificar o que não está sendo executado e o que precisa ser agilizado.

Segundo O Globo, a ministra disse ainda que se sente alvo de pressão e que fazia a sua fala em tom de desabafo. Nísia também atualizou a discussão sobre a dengue e o número de casos. Antes de terminar, no entanto, ela se emocionou e precisou sair da sala.

Ao fim da reunião, Lula, em uma fala geral de encerramento, disse que a ministra não sairia do cargo por pressão externa e voltou a reforçar que Nísia é “ministra dele e que ninguém” vai tirar do cargo. O presidente ainda ressaltou que ela tem carta branca para tocar o Ministério.

Lula, no entanto, não deixou de fazer cobranças. O presidente pediu uma comunicação mais eficiente sobre a dengue e afirmou que a população não poderia ter ficado com a sensação de que a gestão federal iria comprar vacinas para a doença, já que não há doses para todos atender todo o país.

Em relação aos hospitais federais, Lula afirmou que Nísia tem liberdade para escolher quem quiser para os postos de comando das unidades. O presidente também frisou que a ministra deve aproveitar a oportunidade para solucionar os problemas de gestão.

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