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Juliana Dal Piva

Formada pela UFSC com mestrado no CPDOC da FGV-Rio. Foi repórter especial do jornal O Globo e colunista do portal UOL. É apresentadora do podcast "A vida secreta do Jair" e autora do livro "O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro", da editora Zahar, finalista do prêmio Jabuti de 2023.

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Moïse, jovem congolês morto no RJ, ganhará homenagem póstuma da Alerj

Família de imigrante espancado na praia da Barra da Tijuca receberá Medalha Tiradentes
24/06/2024 | 12h51

Por Igor Mello

O jovem imigrante congolês Moïse Kabagambe — espancado até a morte enquanto trabalhava em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro– será homenageado amanhã (25) na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). Ele receberá postumamente a Medalha Tiradentes, maior honraria do parlamento fluminense.

A homenagem foi proposta pela deputada estadual Dani Monteiro (PSOL-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos da casa. A sessão solene em que a medalha será entregue aos familiares de Moïse tem como tema principal a máxima “migrar é um direito” e vai premiar também organizações de defesa dos direitos humanos que atuam na proteção aos direitos de refugiados no Brasil.

Serão contempladas com o Prêmio Marielle Franco as ONGs Abraço Cultural, Haiti Aqui, Venezuela Global, Associação Mawon e LGBT+ Movimento. A coordenadora de Migração e Refúgio e secretária executiva do Comitê Estadual Intersetorial de Políticas de Atenção aos Refugiados e Migrantes (CEIPARM), Eliane Vieira Almeida, também terá o trabalho reconhecido pela Alerj.

Acusados da morte de Moïse vão a júri popular

Em março, a Justiça do Rio decidiu que os três acusados por espancar o jovem congolês até a morte vão a júri popular. Fábio Pirineus da Silva, Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca e Brendon Alexander Luz da Silva respondem por homicídio triplamente qualificado.

As cenas do crime, ocorrido em 24 de janeiro de 2022, tiveram repercussão internacional. Nas imagens, é possível ver Moïse sendo derrubado, imobilizado e espancado no quiosque Tropicália, na praia da Barra da Tijuca. Os assassinos bateram nele com um bastão, além de aplicarem socos e chutes no jovem.

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