Por Karla Gamba
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) deu 15 dias para que a deputada federal Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti se manifestem em relação à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de invasão ao sistema do CNJ e falsidade ideológica.
Na denúncia, a PGR alega que Zambelli teria sido a mandante e Delgatti o executor da invasão de dispositivos informáticos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A invasão, segundo a procuradoria, teve o objetivo de inserir documentos falsos no sistema com o intuito de prejudicar a administração do Judiciário, da Justiça, além de colocar em cheque a credibilidade dessas instituições, gerando vantagens políticas para a deputada.
Com a anuência e sob o comando de Carla Zambelli, Delgatti invadiu diversas áreas do sistema do CNJ, produziu e inseriu documentos falsos, como alvará de soltura, além de um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes — este redigido pela própria parlamentar.
Para o Procurador-Geral Paulo Gonet, a deputada do PL agiu de maneira “livre, consciente e voluntária” ao comandar a invasão de sistemas institucionais utilizados pelo Poder Judiciário.
O procurador descreve ainda que houve planejamento, arregimentação de pessoa com aptidão técnica, e meios necessários para a praticar do crime.
A atuação de Delgatti também é vista como “livre, consciente e voluntária”, pela PGR. O hacker utilizou dados de usuários de servidores para criar uma credencial falsa com poderes de magistrado.
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