ICL Notícias
ouça este conteúdo
00:00 / 00:00
1x

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o bloqueio da rede social Rumble no Brasil. A decisão foi publicada na tarde desta sexta-feira (21). A Rumble é um plataforma de vídeos similar ao YouTube e considerada um reduto da extrema direita trumpista.

No documento, Moraes alega que a plataforma de vídeos cometeu “reiterados, conscientes e voluntários descumprimentos das ordens judiciais, além da tentativa de não se submeter ao ordenamento jurídico e Poder Judiciário brasileiros” e que instituiu um “ambiente de total impunidade e ‘terra sem lei’ nas redes sociais brasileiras”.

Na quinta-feira (20), Moraes havia determinado que a plataforma Rumble Inc. informasse, no prazo de 48 horas, quem é seu representante legal no Brasil, com poderes para cumprimento de decisões judiciais.

Nos EUA, a Rumble apresentou à Justiça uma ação contra Moraes. O processo foi aberto em conjunto com o grupo de comunicação Trump Media & Technology Group, de Donald Trump. As empresas acusam Moraes de censura e pedem que ordens do juiz brasileiro para derrubada de contas de usuários do Rumble não tenham efeito legal nos EUA.

Moraes ordenou que a Rumble bloqueie o canal de Allan dos Santos, impeça novos cadastros e interrompa qualquer repasse financeiro ao influenciador. Outras redes sociais, como YouTube, Facebook, Twitter e Instagram, já haviam sido notificadas anteriormente e cumpriram as determinações.

Moraes x CEO da plataforma de vídeos Rumble, Chris Pavlovski

Chris Pavlovski, CEO da plataforma de vídeos Rumble

Moraes: ‘plataformas devem seguir leis brasileiras’

Similar ao YouTube, do Google, inclusive no visual, a rede social é bastante popular entre conservadores nos EUA. Lançada em 2013, a Rumble já se envolveu em diversas controvérsias e diz que sua missão é “proteger uma internet livre e aberta”.

A Rumble tem negócios com o grupo de comunicação de Trump e também já recebeu investimentos de pessoas próximas do republicano, inclusive o atual vice-presidente dos EUA, J.D. Vance.

O ministro Alexandre de Moraes reforça que todas as plataformas digitais que operam no Brasil devem seguir as regras do Marco Civil da Internet, o que inclui a necessidade de representação legal no país para responder a determinações judiciais.

A decisão se alinha ao entendimento do STF de que nenhuma empresa pode atuar no território nacional sem obedecer às leis brasileiras.

Relacionados

Carregar Comentários

Mais Lidas

Assine nossa newsletter
Receba nossos informativos diretamente em seu e-mail