ICL Notícias
Política

Turma do STF tem maioria para manter decisão que suspendeu Rumble no Brasil

Lançada em 2013 e similar ao YouTube, rede social é bastante popular entre conservadores nos Estados Unidos
07/03/2025 | 18h23
ouça este conteúdo
00:00 / 00:00
1x

Por Ana Pompeu

(Folhapress) – A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria nesta sexta-feira (7) para validar a decisão do ministro Alexandre de Moraes pela suspensão da plataforma de vídeos Rumble em todo o território nacional.

O colegiado é formado por cinco ministros e já tem os votos de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin. Faltam votar Cármen Lúcia e Luiz Fux.

O relator pautou o tema para ser analisado pelo colegiado entre esta sexta e a próxima sexta (14) em plenário virtual, o ambiente remoto por meio do qual os ministros depositam os votos.

Moraes suspendeu o funcionamento da plataforma no Brasil em 21 de fevereiro. De acordo com a decisão, ordens judiciais para remoção de conteúdo feitas à empresa não foram cumpridas –essas ordens eram sigilosas, mas agora o processo foi tornado público.

STF e rumble

Rumble, Moraes e o STF

A decisão foi dada na mesma semana em que o ministro se tornou alvo de uma ação conjunta em um tribunal federal americano, impetrada pelo próprio Rumble e por uma empresa de mídia do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como informou a Folha.

Da mesma forma como havia determinado no ano passado ao X (ex-Twitter), Moraes também mandou que seja indicado um representante no Brasil do Rumble, rede que é popular entre influenciadores da direita.

O ministro também afirmou serem “gravíssimos” os perigos da ausência de controle jurisdicional no combate à desinformação e no uso da inteligência artificial “pelos populistas digitais extremistas pela Rumble”.

Em setembro passado, o colegiado manteve por unanimidade a suspensão ao X no Brasil, como determinado pelo ministro. A rede ficou fora do ar por 38 dias.

Similar ao YouTube, do Google, inclusive no visual, a rede social é bastante popular entre conservadores nos EUA. Lançada em 2013, a Rumble já se envolveu em diversas controvérsias e diz que sua missão é “proteger uma internet livre e aberta”.

A Rumble tem negócios com o grupo de comunicação de Trump e também já recebeu investimentos de pessoas próximas do republicano, inclusive o atual vice-presidente dos EUA, J.D. Vance.

Relacionados

Carregar Comentários

Mais Lidas

Assine nossa newsletter
Receba nossos informativos diretamente em seu e-mail