O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o retorno à Corte de uma investigação sobre o ex-prefeito de São Paulo e atual secretário de Governo da gestão de Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab (PSD). O caso havia sido movido para a Justiça Eleitoral de São Paulo pelo próprio ministro, em 2020.
A decisão de Moraes se baseia em uma recente decisão do Supremo que ampliou o alcance do foro privilegiado para crimes cometidos por agentes políticos mesmo após a saída da função. Assim, cabe ao próprio STF julgar temas referentes a ministros e ex-ministros de Estado, caso de Gilberto Kassab.
Acusações contra Gilberto Kassab
Kassab é investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em inquérito aberto no âmbito da Operação Lava Jato.

Kassab é investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. (Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil)
O presidente do PSD é acusado de receber 350 mil reais por mês por meio de notas fiscais falsas e, em outra denúncia, de ter recebido 28 milhões de reais em troca de apoio político de seu partido, o PSD, ao PT.
Kassab foi vice-prefeito da capital paulista na chapa de José Serra – assumindo o cargo quando o titular se licenciou e sendo reeleito para um novo mandato; ministro das Cidades no governo de Dilma Rousseff; ministro da Ciência e Tecnologia sob Michel Temer; e secretário da Casa Civil de João Doria no governo de São Paulo.
Um dos principais articuladores políticos do país, Kassab ocupa cargo na gestão de Tarcísio, em São Paulo, e avalizou a entrada do PSD na base do governo Lula. Gilberto Kassab, nos últimos dias, tem sido pressionado a marcar posição em relação à pauta da anistia aos bolsonaristas investigados e condenados pelo 8 de janeiro.
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