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O radialista, repórter, jornalista esportivo e comentarista Washington Rodrigues, o Apolinho, um dos grandes nomes da história do rádio, morreu nesta quarta-feira (15) aos 87 anos, no Rio de Janeiro. Ele lutava há anos contra um câncer agressivo.

O radialista comandava o “Show do Apolinho” na Rádio Tupi. No ar desde fevereiro de 1999, o programa era líder de audiência no segmento há mais de 20 anos.

Ele era também comentarista da equipe de esportes da rádio e tinha a coluna “Geraldinos e Arquibaldos” no Jornal Meia Hora, de conteúdo leve e bem-humorado.

Apolinho treinou o Flamengo no ano de seu centenário, quando comandou o ataque formado por Sàvio, Edmundo e Romário

Apolinho treinou o Flamengo no ano de seu centenário, quando comandou o ataque formado por Sávio, Edmundo e Romário. Foto: Reprodução

Apaixonado pelo Flamengo, teve duas passagens pelo clube, uma delas como treinador, em 1995, e outra como diretor de futebol, em 1998.

“Eu não sou técnico e nunca fui, mas o Flamengo não me convidou, me convocou. E todas as vezes que ele me convocar, eu vou, pelo Flamengo eu faço qualquer coisa — se o goleiro se machucar e precisar de mim no gol, eu vou lá e jogo, pelo Flamengo eu faço qualquer negócio”, disse uma vez.

A Rádio Tupi, onde Apolinho trabalhava, publicou uma homenagem ao radialista nas redes sociais.

O radialista nasceu no bairro do Engenho Novo, na zona norte do Rio, no dia 1º de setembro de 1936.

Um dos mais conhecidos radialistas do país, começou sua carreira em 1962 na Rádio Guanabara, atual Rádio Bandeirantes, no programa “Beque Parado”, que falava sobre futebol de salão.

Trabalhou em todas as grandes emissoras de televisão e rádio da cidade. Foi um dos poucos comentaristas com grande aceitação pelas quatro grandes torcidas cariocas. Era também reconhecido na profissão, tendo recebido todos os prêmios já criados para homenagear um jornalista esportivo.

O apelido Apolinho surgiu por usar, quando repórter da Rádio Globo, um microfone sem fio, que era utilizado pelos astronautas da Missão Apollo 11, de 1969.

Apolinho e Penido, que anunciou sua morte com emoção durante o último jogo do Flamengo (Foto: rede sociais)

Apolinho e Penido, que anunciou sua morte com emoção durante o último jogo do Flamengo. Foto: Redes sociais

Antes de morrer, ele viu o Flamengo dar um “chocolate” — expressão criada por ele para definir goleadas — no primeiro tempo contra o Bolívar, na Copa Libertadores da América, quando seu time do coração fez três dos quatro gols na partida.

A morte foi anunciada com emoção pelo seu amigo e colega de profissão Luiz Penido, aos 25 minutos do segundo tempo:

 

Como repórter, ele sempre considerou ter mais facilidade em cobrir qualquer clube que não fosse o Flamengo em razão da passionalidade. Tal leitura o notabilizou como um dos maiores setoristas da história do Vasco da Gama.

Eurico Miranda, dirigente histórico do Gigante da Colina, sempre demonstrou preferência em falar com o comunicador em vez de outros veículos e profissionais.

Washington Rodrigues deixa três filhos, sete netos, uma legião de fãs, ouvintes, ex-companheiros e colegas de trabalho em todo o mundo.

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