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(Folhapress) — O empresário Fernando Sastre Filho, 24, que dirigia o Porsche que bateu em um carro e matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, 52, havia recuperado a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) 12 dias antes do acidente.

Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), Fernando estava com a habilitação suspensa e a recebeu de volta em 19 de março. A pasta não detalhou porque o documento estava suspenso.

O acidente aconteceu na madrugada do último domingo (31), por volta das 2h, na região do Tatuapé, zona leste de São Paulo. Fernando foi levado pela mãe — após permissão dos policiais militares que atenderam a ocorrência — do local do acidente. Ele foi indiciado na segunda-feira (1º) por homicídio doloso, quando há intenção de matar, além de lesão corporal — ele levava um passageiro na fuga.

Além de Fernando, no Porsche estava o passageiro Marcus Vinicius Machado Rocha, 22. Ele foi socorrido para o Hospital São Luiz Tatuapé.

A defesa negou a fuga, e afirmou que o acidente foi uma fatalidade. Duas testemunhas do acidente disseram, em depoimento na tarde de terça-feira (2), que Fernando apresentava sinais de embriaguez, cambaleava e tinha fala pastosa.

Entenda o caso envolvendo o Porsche

De acordo com informações do boletim de ocorrência, o Porsche dirigido pelo empresário Fernando Sastre de Andrade Filho bateu na traseira do Sandero conduzido por Ornaldo. Ele foi levado por bombeiros ao Hospital Municipal do Tatuapé, mas não resistiu aos múltiplos traumatismos e morreu. Imagens do acidente mostram o forte impacto da batida.

O empresário foi liberado pela Polícia Militar para ser levado ao Hospital São Luiz Ibirapuera, devido a um ferimento na boca, mas não foi encontrado no local por policiais que o procuraram na unidade para ouvi-lo e fazer o teste do bafômetro. A informação recebida pela PM foi que Fernando não havia dado entrada em nenhum hospital da rede São Luiz. Além disso, ele e a mãe não atenderam as ligações dos policiais.

A SSP (Secretaria da Segurança Pública) afirmou, em nota, que a PM apura a dinâmica da ocorrência para identificar eventual erro de procedimento.

Os advogados de Fernando afirmam que havia receio de linchamento, pois “naquele momento ele passou a sofrer linchamento virtual” e por isso houve a decisão de “resguardo”. A nota da defesa diz ainda que o empresário estava em choque com o acidente e a morte do motorista do outro veículo.

“Todas as circunstâncias do acidente serão devidamente apuradas no curso da investigação, com a mais ampla colaboração de Fernando”, afirma a defesa, em nota.

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