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Juliana Dal Piva

Formada pela UFSC com mestrado no CPDOC da FGV-Rio. Foi repórter especial do jornal O Globo e colunista do portal UOL. É apresentadora do podcast "A vida secreta do Jair" e autora do livro "O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro", da editora Zahar, finalista do prêmio Jabuti de 2023.

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MPF recomenda que Iphan priorize tombamento de prédio onde Rubens Paiva foi morto

Exército dificulta há mais de 10 anos processo de preservação da sede do antigo DOI-Codi do Rio de Janeiro
23/01/2025 | 10h50

Igor Mello

O MPF (Ministério Público do Rio de Janeiro) expediu na última terça-feira (21) um ofício recomendando que o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) dê prioridade ao processo de tombamento da sede do antigo Doi-Codi no Rio de Janeiro.

O prédio abriga hoje uma unidade do Exército. Durante a Ditadura Militar, foi um espaço de tortura e assassinato de opositores do regime. Entre eles o ex-deputado federal Rubens Paiva, cuja história é retratada no filme “Ainda estou aqui”.

Tombamento se arrasta desde 2013

De acordo com o MPF, o processo de tombamento se arrasta no Iphan desde 2013. O prédio fica na Rua Barão de Mesquita, na Tijuca, Zona Norte do Rio. Hoje, abriga o 1º Batalhão de Polícia do Exército do Rio de Janeiro.

O MPF relata que, ao longo da última década, o Exército criou dificuldades para o tombamento do prédio. Entre outras ações, dificultou o acesso ao imóvel para que as avaliações necessárias fossem feitas.

No dia 12 de janeiro, familiares de vítimas da ditadura e militantes por reparação fizeram uma manifestação na Praça Lamartine Babo, ao lado do antigo DOI-Codi. No ato, cobraram o tombamento do quartel e pediram que o prédio seja transformado em um centro de memória.

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