Igor Mello
O MPF (Ministério Público do Rio de Janeiro) expediu na última terça-feira (21) um ofício recomendando que o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) dê prioridade ao processo de tombamento da sede do antigo Doi-Codi no Rio de Janeiro.
O prédio abriga hoje uma unidade do Exército. Durante a Ditadura Militar, foi um espaço de tortura e assassinato de opositores do regime. Entre eles o ex-deputado federal Rubens Paiva, cuja história é retratada no filme “Ainda estou aqui”.
Tombamento se arrasta desde 2013
De acordo com o MPF, o processo de tombamento se arrasta no Iphan desde 2013. O prédio fica na Rua Barão de Mesquita, na Tijuca, Zona Norte do Rio. Hoje, abriga o 1º Batalhão de Polícia do Exército do Rio de Janeiro.
O MPF relata que, ao longo da última década, o Exército criou dificuldades para o tombamento do prédio. Entre outras ações, dificultou o acesso ao imóvel para que as avaliações necessárias fossem feitas.
No dia 12 de janeiro, familiares de vítimas da ditadura e militantes por reparação fizeram uma manifestação na Praça Lamartine Babo, ao lado do antigo DOI-Codi. No ato, cobraram o tombamento do quartel e pediram que o prédio seja transformado em um centro de memória.
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