O Ibama procura uma mulher que torturou e matou uma onça-parda, em um local ainda não identificado. O vídeo circulou nas redes sociais, causando indignação pela crueldade demonstrada pela mulher. O Instituto também apura onde e quando o caso ocorreu.
Nas imagens, a mulher utiliza uma espingarda para atirar contra o animal, que estava no alto de uma árvore. Depois de atingida pelo tiro, a onça cai e é atacada por quatro cães que acompanhavam o grupo de caçadores. Um homem atiça os cães com uma vara e cerca o grupo para que a onça não tenha chance de sobreviver.

Quatro cachorros que acompanhavam os caçadores atacam a onça ferida (Foto: Reprodução)
O caso foi denunciado por ativistas ambientais pelas redes sociais. A suspeita pode responder pela prática de maus-tratos e pelo assassinato do animal.
A onça-parda é uma espécie vulnerável, classificada como “quase ameaçada” pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). As análises preliminares feitas pelo Ibama indicam que o caso ocorreu em uma região de Caatinga, devido às características da vegetação.
As pessoas que participam da tortura e assassinato da onça podem responder por maus-tratos, tanto à onça quanto aos cachorros, com penas que podem variar de três meses a cinco anos. Podem ser enquadrados ainda pela morte da onça, com pena que varia de seis meses a um ano. Além do pagamento de multa, que pode variar de R$ 500 a R$ 3.000 para cada animal (no caso de maus-tratos); e R$ 5.000 pelo assassinato do animal.
Em vídeo, mulher comemora a morte da onça
O vídeo que circula nas redes sociais tem cenas chocantes e fortes da caçada à onça-parda, animal em risco de extinção. A onça-parda é o segundo maior felino das Américas e, ao lado da onça-pintada e da onça-preta, um dos mais ferozes predadores do Brasil.
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Legislação
Um projeto de lei que tramita no Congresso Nacional, de autoria do deputado federal Ricardo Izar (Republicanos-SP), propõe o aumento da pena pela caça e morte de felinos brasileiros para três a cinco anos de reclusão. O projeto está parado no Legislativo.
O parlamentar, na justifica do projeto, afirma que “a baixa pena prevista, seis meses a um ano, implica em crime de menor potencial ofensivo e não tem sido suficiente para demover os criminosos dos massacres destes animais.”
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