O jornalista que ganhou projeção nacional em outubro de 2022, às vésperas das eleições, após ser perseguido sob a mira de uma arma pela deputada federal Carla Zambelli (PL), teve seu habeas corpus negado pela Justiça paulista. Ele foi condenado por difamação contra a parlamentar.
O caso teve grande repercussão às vésperas da última eleição presidencial e a deputada alegou ter sido empurrada, algo que não apareceu no vídeo que flagrou episódio. Carla Zambelli até agora não sofreu nenhuma punição.
Luan foi condenado em junho, acusado de difamar a deputada em um artigo publicado após o ocorrido.
Pela perseguição armada, Zambelli é ré no Supremo Tribunal Federal (STF), sob acusação de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. A ação, contudo, ainda não foi julgada.
Luan foi processado pela deputada após publicar um artigo no qual diz que ela “segue uma seita de doentes de extrema direita” e que “segue cometendo atrocidades atrás de atrocidades”.
No processo, Carla Zambelli disse que as falas do jornalista eram ofensivas e irresponsáveis.
O jornalista foi condenado a uma pena de oito meses de detenção em regime aberto, mas a punição foi alterada para a prestação de serviços comunitários pelo mesmo período.
Segundo o juiz Fabrício Zia, responsável pelo caso, o tom e as palavras de Luan ultrapassaram o fato “objetivo” do jornalismo, sendo considerado puramente uma ofensa à Zambelli.
Luan alegou ser inocente, dizendo que apenas exerceu sua profissão e estava amparado pelo direito da liberdade de expressão, mas o caso transitou em julgado.
Pedido de Habeas Corpus
Na última quarta-feira (17), os desembargadores do TJ-SP recusaram o pedido de habeas corpus de Luan Araújo, no qual ele alegava que havia apresentado recurso dentro do prazo legal.
De acordo com eles, o jornalista não pagou as taxas para a apresentação do recurso dentro do prazo.
Após a rejeição, Luan terá que cumprir a sentença dos oito meses de serviço comunitário.
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