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Nikolas repete ataque transfóbico na Câmara em nova ofensa a Erika Hilton

Transfobia foi equiparada ao crime de racismo pelo Supremo Tribunal Federal em 2019
07/06/2024 | 21h56

Novamente o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) atacou a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), líder do partido, desta vez em reunião da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.

Durante audiência com a ministra Cida Gonçalves, Erika discutiu com a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) e a ofendeu fora do microfone.

A parlamentar Psolista chamou a reacionária da extrema direita de “ridícula”, “feia” e “ultrapassada”, e mandou ela “hidratar esse cabelo”.

Nikolas entrou no meio da conversa: “Pelo menos ela é ela”.

Nikolas ofende novamente Erika Hilton, uma das parlamentares de maior destaque no campo progressista

Nikolas ofende novamente Erika, uma das parlamentares de maior destaque no campo progressista

A discussão foi gravada e exposta nas redes sociais do autor da agressão.

A transfobia foi equiparada ao crime de racismo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2019.

Nikolas Ferreira já foi condenado por transfobia em BH

O deputado, da ala bolsonarista, já tem alguns episódios criminosos na Casa, inclusive uma fala transfóbica no plenário, quando subiu à tribuna vestindo uma peruca, o que motivou uma representação no Conselho de Ética contra ele.

Erika Hilton e Duda Salabert (PDT-MG) são as duas primeiras mulheres trans eleitas para o Congresso Nacional, uma avanço e tanto no país onde uma pessoa trans é assassinada a cada três dias.

No ano passado, foram 145 assassinatos — pessoas que, em 80% dos casos, não chegaram a completar 35 anos, segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).

Em dezembro de 2023, a Justiça de Minas Gerais negou recurso movido pelo deputado e manteve uma condenação em processo de danos morais movido Salabert. Com isso, ele terá que pagar uma indenização de R$ 30 mil a ela, mas ainda cabe recurso.

O processo diz respeito a declarações feitas em 2020, quando o deputado transfóbico e Duda eram vereadores de Belo Horizonte. Em entrevista a um jornal na época, O deputado disse que continuaria chamando Duda de “ele”, como já vinha fazendo durante a campanha eleitoral, por “ser o que está na certidão”.

 

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