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Nikolas e bolsonaristas sofrem primeira derrota na Comissão de Educação

Governistas viram moção de repúdio a professor como tentativa de lançar pais contra docentes
28/03/2024 | 08h00

O presidente da Comissão de Educação da Câmara, Nikolas Ferreira (PL–MG), e outros deputados bolsonaristas sofreram nesta quarta-feira (27) a primeira derrota.

Por 20 votos contra e 13 favoráveis, deputados da base do governo derrotaram proposta de moção de repúdio contra um professor de educação básica de São Bonifácio, em Santa Catarina. Governistas comemoraram o placar.

A moção dizia que o professor Jadir Ribeiro Anchieta, da Escola Estadual de Educação Básica São Tarcísio, teria demonstrado “viés ideológico não condizente com a neutralidade exigida pela profissão” e se referido ao ex-presidente Jair Bolsonaro como “nazista e ladrão”.

Segundo os deputados bolsonaristas, o professor teria feito ataques a Jair Bolsonaro em uma sala de aula. O autor da moção foi o deputado Gustavo Gayer (PL–GO).

Nikolas Ferreira sofre derrota e deputados comemoram. Foto: Bruno Spada/ Câmara dos Deputados

Nikolas: derrota

Assim como na primeira sessão, a Comissão de Educação foi novamente palco para provocações e discussões entre os deputados. Parlamentares governistas viram a moção de repúdio como uma tentativa de lançar pais contra professores.

Eles também criticaram a condução do processo por Nikolas Ferreira. Segundo os governistas, o bolsonarista utilizaria a comissão como palanque discursos de extrema-direita.

“Estamos diante de mais uma dessas manifestações de parcela da extrema direita que quer ter ganhos políticos eleitorais em cima da perseguição a profissionais da educação. Desvia a atenção dos reais problemas da educação brasileira e, ao mesmo tempo, faz desta comissão um palanque”, afirmou Tarcísio Motta (PSOL–RJ).

Duda Salabert (PDT–MG) disse ser um absurdo a Comissão de Educação gastar dinheiro público e usar suas estruturas para “perseguir professores de História do Brasil”.

Recomposição

Após a sessão, Nikolas Ferreira afirmou que a composição dos integrantes da Comissão de Educação está “desbalanceada”, sendo necessário resolver o cenário negativo com diálogo.

“Acredito que ainda tem de haver uma mudança de composição da comissão para que haja um equilíbrio maior. Mas é tudo uma questão de acordo, questão de comprometimento de deputados para que a gente consiga ter vitórias nas votações. É conversar”, disse Nikolas.

Os governistas reagiram. Tarcísio Motta (PSOL–RJ) disse que a extrema-direita faz da comissão um palanque eleitoral e busca dividendos políticos.

 

 

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