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O deputado Filipe Barros (PL-PR) é o novo presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. Ele foi eleito nesta quarta-feira (19) com 24 votos de um total de 28. Quatro votos foram em branco. Os três vice-presidentes ainda não foram escolhidos.
Inicialmente, o PL havia indicado Eduardo Bolsonaro para o posto, atendendo a um pedido do próprio ex-presidente. Na terça (18), no entanto, o parlamentar afirmou que tomou a decisão “mais difícil” de sua vida e anunciou que permaneceria no país americano porque temia ser preso por Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).
“Da mesma forma que assumi o mandato parlamentar para representar minha nação, eu abdico temporariamente dele, para seguir representando esses irmãos de pátria. Irei me licenciar, sem remuneração para que possa me dedicar integralmente e buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos”, anunciou ele, em vídeo publicado no YouTube na manhã da terça-feira (18).
Na gravação, Eduardo diz que Moraes quer prendê-lo. “Não irei me acovardar e não irei me submeter a um regime de exceção e os seus truques sujos”, disse, apesar de estar fugindo do alcance das leis brasileiras.

Felipe Barros prometeu dialogar com todos os partidos (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)
Aos 33 anos, Barros é advogado e está em seu segundo mandato na Câmara. Antes, foi vereador em Londrina (PR). Ele disse que dialogará com todos os partidos políticos e buscará, em sua gestão na Comissão, fortalecer a soberania nacional e resgatar liberdades.
“Com imensa responsabilidade, recebo a missão de presidir a Comissão de Relações Exteriores, trincheira importante para que resgatemos nossa verdadeira soberania, nossas liberdades, para que nossa democracia volte a ficar de pé”, declarou Barros.
O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) discordou da opinião de Barros de que a democracia esteja em risco no Brasil neste momento. Chinaglia também considerou exagero dizer que a direita se encontra excluída da política brasileira. “É só ver as eleições municipais recentes, onde a direita teve um desempenho que chamou a atenção”, ponderou.
O que a comissão faz
A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional trata de temas de política externa, como relações diplomáticas, econômicas, culturais e científicas, tratados e acordos internacionais, entre outros, e da política de defesa nacional, incluindo atividades de informação e contrainformação e assuntos das Forças Armadas.
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