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Adaílton Moreira Costa

Babalorixá do Ile Axé Omiojuarô, Doutorando em Bioética PPGBIOS UFRJ. Mestre em Educação Proped UERJ. Graduado em Ciências Sociais PUC RJ

O homem e sua arrogância violenta

É incompreensível como o ser humano consegue ser seu próprio exterminador.
03/11/2023 | 10h49

É incompreensível como o ser humano consegue ser seu próprio exterminador. A busca do homem por poder faz com que o mesmo se autodestrua, seja em busca de domínios territoriais ou dominância dos recursos naturais.

A história da humanidade sempre será recheada de conquistas violentas e cruéis, onde o homem em busca de se mostrar um ser superior avança sobre tudo. Sua insegurança irá fazer com que ele ache que todos são seus inimigos. Antes mesmo de que seja declarada uma rivalidade, ele irá atacar e identificará um inimigo imaginário, fruto de sua mente violenta genocida.

O homem é o lobo do homem, como diria Hobbes!

Não há um inimigo em potencial, tudo e todos são seus inimigos a partir do momento que atravessem o seu pseudo caminho imperial, seus interesses.

As guerras fabricadas são assim, não há justeza nobre, somente uma justiça que se justifica pelo poder tirânico e colonial de um Ocidente que se coloca enquanto universal, senhores do mundo e das coisas.

Essas guerras não poupam crianças, jovens, idosos, mulheres e o meio ambiente, tudo em nome da máquina do poder, um poder sem sentimentos, sem honra, sem respeito à vida.

Muitas das vezes as marionetes belicosas nem sabem por que guerreiam, mas cumprem uma ordem  superior de homens-Deuses, que da guerra nem participam, só maquinam com seus tentáculos compridos e gulosos que envolvem o mundo e lhes tiram o sentido de percepção sobre o respeito à vida e aos direitos.

Essa ganância descabida será a sua derrocada, não há como se sustentar, o mundo não aguenta, as pessoas e a natureza não suportam mais tantas violências e violações.

Até quando tais medidas se sustentarão?

A insanidade violenta humana se auto-justifica baseando-se em sua esquizofrenia narcísica ególatra, que comunica que ele é a razão da vida, que ele é o senhor do mundo, da vida e das coisas. Pobres crianças mimadas, achando que suas mãos irão dar conta de brincar com vidas, brincar com tudo.

Terão que crescer enquanto ainda há tempo, enquanto os tempos lhes permitirem tantas criancices e imaturidades cruéis.

O tempo já está dando sinais que não mais terá paciência para lidar com suas umbigolatrias, em que os seus umbigos são o centro do mundo. Não, não são o Centro do mundo, nem nunca serão.

Todas as coisas estão interligadas, em uma cadeia de causas e efeitos que não se quedam, o mundo continuará a girar independente de você e sua arrogância.

A vida em sua ultima instância deve ser preservada. Pense que no deserto você é somente mais um grão de areia na seara da vida, e sua vida, ser superior, é tão finita quanto as marionetes-pessoas que você manda para a guerra para matar os outros.

“Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar.” (Nelson Mandela)

Nas guerras não há vencedor, somente vitimas de vidas que se perdem!

 

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