O homem que tirou a própria vida explodindo em si uma bomba caseira em frente ao STF, em Brasília, esta semana tem sido perfilado em muitos veículos de mídia, especialistas estão sendo ouvidos, o caso segue em investigação. A ex-mulher diz que Francisco Wanderley Luiz enlouqueceu depois que Bolsonaro perdeu as eleições de 2022. Entrevistamos um médico de Rio do Sul–SC, cidade do suicida, que o atendeu em pelo menos duas ocasiões pelo SUS. Ele afirma que nunca viu nenhum traço de saúde mental comprometida. Francisco Wanderley era bastante conhecido na região, chegou a concorrer às eleições para vereador pelo partido de Bolsonaro, o PL, em 2022.
As investigações estão em andamento e cabe à Polícia Federal traçar, inclusive, a condição clínica do criminoso, mas uma coisa é certa, o que aconteceu tem nome: ódio!
Ódio a Alexandre de Moraes, a Lula e à esquerda. Um ódio que parece “cegar” uma parcela de brasileiros e brasileiras que se colocam contra quem defende que o que ficou decidido nas urnas em 2022 seja a ordem nacional. A democracia se partiu ao meio e todo aquele que estiver do outro lado da trincheira é comunista, logo, inimigo. Com uma espécie de mira marcada nas costas, a violência verbal, psicológica e física não poupa ninguém, jornalistas, artistas e até padres. É só ousar defender uma ideia.
Falar de política com desconhecidos é perigoso no Brasil de hoje. Celebrar seu posicionamento também. O tesoureiro do PT Marcelo Arruda teve sua festa de aniversário de 2022, cujo tema era o Partido dos Trabalhadores e Lula, invadida por um bolsonarista e foi morto com tiros à queima-roupa.
Quem se posiciona nas mídias ou simplesmente trabalha com política tem, constantemente, seu perfil invadido por mensagens de ódio e ameaças. Esse episódio em Brasília parece ter dado mais munição para o extremismo.
Estamos no final do segundo ano do governo Lula, mais um marcado por um tipo de violência que não se via há muito tempo no Brasil. O ódio segue mais verbo que substantivo, mortal e implacável.
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