Mulher é o que eu sou e me sinto feliz em ser. A jornada de cada uma de nós com a feminilidade é única e a minha pode até não se alinhar com a maioria e tudo bem. Eu amo ser uma pessoa feminina, apesar da dificuldade e do perigo de existir como mulher.
Um dos aspectos que mais me fascina é a inteligência emocional ou a tal da intuição feminina (não à toa, não se chama intuição masculina). Eu sei que o termo está super batido, mas vamos ficar com ele por enquanto na falta de outro mais adequado. Eu estou falando desse bichinho diferente, questionador e inquieto que habita todas nós.
Em momentos críticos da minha vida, tive essa intuição, uma sensação de saber algo sem qualquer raciocínio consciente, sem saber como sei e, apesar disso, ter uma certeza que ultrapassa o raciocínio intelectual. Isso tem me guiado. Nós, mulheres, seguramos coisas reais e substanciais com peso físico, e coisas etéreas também, que também têm muito peso. Mulheres carregam pesos imensos.
Jornalista, autora, feminista, revolucionária: peço licença para falar um pouco sobre Gloria Steinem, uma das arquitetas do movimento feminista no mundo. Ela tem estado no centro de todas as discussões sobre o lugar das mulheres na sociedade desde o início dos anos 60.
Gloria fundou o National Women’s Political Caucus com Betty Friedan, Bella Abzug e Shirley Chisholm. Em 68, participou dos estágios iniciais da revista “New York”. Em 72, se tornou cofundadora da “Ms. Magazine”, uma revista pioneira que moldou conversas feministas e divulgou o trabalho das mulheres como nunca visto.
Essa mulher de 91 anos, que tem sido um dos símbolos mais duradouros do feminismo, sabe que o trabalho está longe de terminar. Quando completou 80 anos, sua amiga e colega ativista, Robin Morgan, disse ao jornal The New York Times que ela estava mais eficaz do que nunca, que era uma organizadora melhor agora do que nunca foi, uma persuasora melhor, uma escritora melhor.
Quando alguém perguntou a Gloria Steinem qual foi sua maior contribuição para o movimento feminista, ela respondeu: “Ainda não cheguei lá”.
São palavras de uma mulher com uma missão. Muito cedo, ela entendeu que a história nem sempre foi contada de forma precisa porque é contada através de uma lente masculina. Cuidado, porque essa lente tende a ser ajustada pelo olhar dos “vencedores” e não necessariamente pela verdade.
Avante, mulheres, ainda não chegamos lá!
Ah! Ser mulher é o que você quiser 😊
Relacionados
Por mais mulheres em espaços de poder
Elas ocupam apenas 16% dos cargos em conselhos de administração de empresas no Brasil; PL propõe mínimo de 30%
Festival reúne lideranças feministas do Brasil e do mundo a partir desta sexta em SP
Evento acontece na Nave Coletiva, no Cambuci, nos dias 11,12 e 13 de abril
Ficar calada me fez falar para mim
A quem serve a resiliência que nos faz suportar o insuportável?