Não se pode permitir que a carnificina na Faixa de Gaza continue. É o que afirmou secretário-geral adjunto de Assuntos Humanitários da Organização das Nações Unidas (ONU), Martin Griffiths, em comunicado divulgado nesta quarta-feira (15).
“A medida em que a carnificina em Gaza alcança novos níveis de horror a cada dia, o mundo segue observando comovido como os hospitais são atacados, os bebês prematuros morrem e toda uma população se vê privada dos meios básicos de sobrevivência”, diz o texto de Griffiths divulgado pela ONU.
Na declaração, Griffiths também ressalta que as partes beligerantes devem respeitar o direito internacional humanitários, e entrar em acordo para um cessar-fogo humanitário e parar os combates.
“As Nações Unidas e seus associados humanitários, presentes em Gaza há décadas, estão comprometidos a responder às crescentes necessidades humanitárias, guiados, como sempre, pelos princípios da humanidade, imparcialidade, neutralidade e independência. Temos a experiência, o conhecimento e, sem dúvida, a vontade.”
O texto também enumera, em nome da ONU, as seguintes medidas:
- Facilitar os esforços dos organismos de ajuda para permitir um fluxo contínuo de comboios de ajuda e fazê-lo de forma segura.
- Abrir pontos de passagem adicionais para a entrada de caminhões de ajuda e comerciais, incluído Kerem Shalom.
- Permitir que a ONU, outras organizações humanitárias e entidades dos setores públicos e privado tenham acesso a combustível em quantidades suficientes para entregar ajuda e proporcionar serviços básicos.
- Permitir que as organizações humanitárias entreguem ajuda em toda Gaza sem impedimentos e interferências.
- Permitir à ONU ampliar o número de refúgios seguros para as pessoas deslocadas em escolas e outras instalações públicas em toda Gaza, e garantir que esses continuem sendo lugares seguros durante as hostilidades.
- Implementar um mecanismo de notificação humanitária que ajude a preservar os civis e à infraestrutura civil das hostilidades e facilite o acesso humanitário..
- Permitir à ONU estabelecer centros de distribuição de socorro para os civis, segundo as necessidades.
- Permitir que os civis se desloquem para a zonas mais seguras e voltem voluntariamente para suas residências.
- Financiar a resposta humanitária, que agora está em 1,2 bilhão de dólares.
- Implementar um cessar-fogo humanitário para permitir a volta de serviços básicos e retomada do comércio essencial. O cessar-fogo também é vital para facilitar a entrega de ajuda, liberar reféns e proporcionar respiro aos civis.
As ações listadas pelas ONU são, segundo a instituição, necessárias para frear a carnificina.
“O plano exaustivo e estamos decididos a cumprir cada passo, mas precisamos um amplo apoio internacional. O mundo deve atuar antes que seja muito tarde.”
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