A Esfinge
A história é bem conhecida. A cidade de Tebas enfrentava um impasse em aparência insolúvel. Na porta da cidade, uma Esfinge aterrorizava a quem tentava ingressar em seus muros. Implacável, perguntava ao forasteiro: “Qual é o animal que ora tem dois pés, ora três, ora quatro, e é tanto mais fraco quanto mais pés tem?” Nessa severa aritmética existencial, a falha em oferecer a resposta exata era punida com a morte. Um dos poemas mais incisivos de Machado de Assis tem um título instigante, “Perguntas sem resposta”. No cenário da Tebas clássica, a dicção lírica machadiana não teria um futuro promissor.
O pânico e o desespero tomaram conta dos súditos do rei Laio e da rainha Jocasta. Sem deslindar o desafio hermenêutico, lançado impiedosamente pela Esfinge, como retomar o comércio do dia a dia sem sobressaltos, como restabelecer relações com as demais cidades-estados?
Eis que um dia um viajante se aproximou dos muros da cidade sem saber o obstáculo que enfrentaria. Confiante, a criatura, com corpo de leão e cabeça humana, repetiu a questão. Édipo não somente desvendou o enigma como também explicou seu sentido: “O homem! Ele engatinha na infância, caminha na maturidade e na velhice se apoia num cajado”. Derrotada, a Esfinge se lançou ao mar. O estrangeiro — ma non tropo — recebeu a maior das recompensas. O rei havia sido recentemente assassinado, portanto, o trono estava vago. Édipo tornou-se rei e ainda teve o privilégio de desposar a rainha.
(Mas nem tudo que reluz é ouro. Pegou o código?)
I am not what I am: Pablo-Iago
Na atual circunstância da revolução digital, seu alcance planetário e sua onipresença cotidiana, devemos assumir modestamente o perfil de pequenos Édipos do contemporâneo. Já passou da hora de entender que as redes sociais implicam mutações profundas na organização política, na ordenação econômica, nas formas de sociabilidade e na estrutura cognitiva, implicando efeitos no nível antropológico que ainda estamos longe de inteligir. Na esfera da política partidária, a emergência do fenômeno Pablo Marçal é um sintoma que nos obriga a dar alguns passos para trás, a fim de aquilatar o seu real significado.
Vamos lá?
Na atual campanha à prefeitura de São Paulo, não devemos nos deixar enganar pela figura histriônica, histérica até, de Pablo Marçal. Trata-se de cálculo cuja base se encontra num domínio ímpar tanto da dinâmica da economia digital quanto do funcionamento das redes sociais. Pablo Marçal é um mestre, autêntico mito no mercado digital brasileiro. E não um mito criado por uma hábil estratégia de marketing, mas o resultado de um discurso tornado ação concreta por meio de inúmeras campanhas milionárias e bem-sucedidas.
Autêntico “self-made man”, essa figura improvável na hierárquica e desigual sociedade brasileira, Marçal edificou um poderoso circuito de negócios, principiando pela construção de um perfil de empreendedor que superou uma origem adversa para tornar-se um dos mais exitosos empresários do ramo digital; hoje com ramificações em áreas múltiplas, não mais limitadas à economia digital.
Carismático, determinado, orador persuasivo, que compensa deficiências óbvias no comando formal da língua portuguesa com uma fala sem pausa, plena de uma autoconfiança que linda com o delírio. Homem de família, bacharel em Direito, casado com sua primeira namorada, pai de quatro filhos, autoproclamado conservador e evangélico, Marçal é o produto perfeito para um público consumidor de 58 de milhões de órfãos de um certo Jair Messias Bolsonaro. Raciocínio válido somente para a atual cruzada eleitoral. Muito antes da corrida à prefeitura, Pablo aprendeu a conquistar corações, mentes e sobretudo a bolsa de uma multidão de clientes fiéis. “Put money in thy purse!” [2] – na retórica desavergonhada do Iago shakespeariano.
(Deixando a ingenuidade de lado: as desavenças do clã carioca com o coach goiano tem menos a ver com ideologia do que com a disputa por um nicho de mercado,)
Homem-sanduíche de si mesmo, Pablo recorda Iago, o vilão dissimulado de Otelo. Soubesse inglês, Marçal repetiria com inconfundível sotaque: “I am not what I am”. [3] Com a confiança de uma respiração artificial, o camaleônico Pablo-Iago assume as mais variadas peles para vender a mercadoria mais valiosa, o carro-chefe da firma, o “brand” que revolucionará o “mindset” de sua legião de compradores: Marçal, o único. Num tropeçar de sílabas, mais rápido do que num piscar de olhos, Pablo se metamorfoseia em exímio piloto de qualquer objeto que voe, converte-se em nadador olímpico depois de intensas 24 horas de treino quântico, vira maratonista campeão recordista à roda do quarto assim que desperta, fantasia-se de escritor de livros improváveis, um mosaico bizantino de divertidíssimos deslizes gramaticais e impossíveis erros factuais de criatividade insuperável, por fim, sem pudor algum, brinca de milagreiro de prodígios que só não se materializam pela pouca fé alheia — alguém duvida da capacidade de Pablo em multiplicar pães (na sua mesa) e peixes (na sua geladeira)?
(E isso sem mencionar seu inigualável estilo australiano de break dance, aprendido, dizem alguns, em apenas 1 minuto, enquanto outros afirmam que precisou de 71 segundos.)
Pablo-Iago afirma “não sou o que sou”: ele pode ser sempre mais. Sua flexibilidade é praticamente infinita, sempre adaptável às demandas do instante. Afinal, o cliente e o eleitor têm sempre razão.
(O homem que diz sou (não é), porque quem é mesmo é (não sou).)
Conquistas: sem limite?
O mercado digital, embora tenha hoje mais regulações do que em seus primórdios, ainda é, se comparado com o mercado “físico”, um faroeste caboclo.
(Falou com Pablo que queria um parceiro. Ou um milhão de amigos. Muitos milhões de eleitores.)
Em outras palavras, foram naturalizadas como “estratégias vitoriosas” comportamentos que em outras esferas da vida seriam inaceitáveis do ponto de vista ético mais elementar, ou mesmo ações que no código eleitoral são tipificadas como criminosas. Reitere-se que, no vale-tudo da economia da atenção, quanto maior for a visibilidade obtida, promessa de vendas num futuro imediato, pouco importa o juízo de valor sobre o feito: a tríade lacre-like-lucro tudo justifica. Os números no final de uma campanha são a balança moral do empreendimento na visão dos operadores do mercado digital.
Não é fácil rebater a brutalidade do argumento, já que ninguém foi obrigado a comprar o ensaio, digno representante da ficção científica no campo das Humanidades (perdão, Isaac Asimov, Ursula Le Guin e Philip Dick, mil vezes perdão!), A destruição do marxismo cultural. O título principia por destruir a noção de autoria, pois suas modestas 121 páginas, redigidas num free style incoerente, exigiram nada menos do que o concurso de 5 nomes na capa do livro. Houvesse um Prêmio Jabuti na categoria de “Livro involuntariamente hilariante” e o destemido autor “Pablo et alii” seria consagrado. De igual sorte, pessoa alguma foi forçada a pagar pela sabedoria do autointitulado “andragogo”; há, e não são poucos, os que se entusiasmaram com os cursos “Sementes de riqueza: Plantando para colher resultados” e “Os códigos do milhão: Desvendando os segredos da prosperidade”, em sua constelação de ofertas curiosas. Muitos confiaram no destravamento de seu “mindset”, no desbloqueio da fortuna, na ativação de sua identidade por meio do revolucionário MIP – claro está, o fractal “Método IP”. Calma! IP não quer dizer “Internet Protocol”, o endereço de identificação de um equipamento? Pois! O MIP ativa os traços da identidade pessoal que conduzirão seu “mindset” ao “success” em qualquer “business”. As simple as that! Reparou que os cursos são nomeados com letras maiúsculas? Ora, maiúsculo será o retorno de seu investimento.
(Pegou o código? Pagou o Pix?)
Não deixa de ser prova de talento superior traduzir esses produtos — e outros que tais — em cifras milionárias. Persuadir centenas de milhares de seres racionais, e em geral vivendo em níveis diversos de precariedade [4], a gastar seu suado dinheiro na hipotética conquista dessa terra prometida é tarefa hercúlea — mas nada que esmoreça o Odisseu de Goiás.
Contudo, aqui, a força inegável de Pablo Marçal anuncia sua debilidade incontornável; o êxito leva necessariamente à ruína; o inegável sucesso se converte no fracasso inevitável.
O modelo-precipício
Posso ser mais direto: Pablo Marçal sempre lançou mão de tráfego pago, ou seja, de pagamento de anúncios para impulsionar sua marca. Problema nenhum: esse é o primeiro mandamento do mercado digital. Não foi essa a crítica que ele fez à campanha de Bolsonaro em 2022, numa entrevista dada à produtora Brasil Paralelo? Você assistiu ao que Marçal disse em um vídeo?
(Pablo Marçal dixit. Já exerceu mandato legislativo? Não. Já ocupou cargo no executivo? Nunca. Mas quem pode destravar o código do “mindset” do MIP de uma campanha presidencial? Ele!)
A arrogância é a véspera da ruína — eis aí um bom título para um futuro curso. Ao transferir sem mediações a lógica do mercado digital para a esfera da política, Marçal comete um crime grave, previsto no código eleitoral: abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação social. A partir do trabalho investigativo de Patrícia Campos Mello, por motivo similar, mas de alcance muito inferior, disparos em massa via WhatsApp, a chapa Bolsonaro-Mourão correu risco de ser cassada. Ao insistir no cometimento da ação delituosa, Pablo Marçal também comete o crime de desobediência — artigo 347 do Código Eleitoral.
Outro passo atrás: por que um homem tão inteligente, o Mr. M do mercado digital, cometeria um equívoco tão constrangedoramente básico? É como se o Pablo comprasse um curso do Marçal! É como se Marçal lesse um livro do Pablo! Em março deste ano, numa entrevista ao programa Pânico, da Rádio Jovem Pan, ele colocou o pescoço na corda de sua esperteza.
Exagero? Você me dirá: repita o método: concentre-se nessa declaração:
“(…) Tem 3 mil, na verdade, já tá chegando a 4 mil. Tem 4 mil pessoas que tão num campeonato de corte. E esse campeonato de corte, EU PAGO um dinheiro até relevante pra esse pessoal por visualização. (…) Eu modelei um cara lá, um americano que fez isso e explodiu na internet; ele foi o cara mais pesquisado no mundo na internet”. [6]
Pablo Marçal, inspirado num “cara lá, um americano”, criou um sistema de retroalimentação de sua própria imagem e de reduplicação de seu próprio conteúdo. É como se ele se reinventasse como uma plataforma a ser explorada por pessoas que se arrisquem no negócio de torná-lo mais conhecido.
(Própria, próprio, ele mesmo: o homem-meme acha feio o que não é espelho.)
De fato, milhares de pessoas são pagas para produzir cortes do conteúdo do Pablo Marçal, num crescimento exponencial e orgânico da difusão de sua imagem e do número de seus seguidores nas redes sociais. A fonte de pagamento? Dupla: as plataformas remuneram pelas visualizações; Pablo paga pelos cortes mais bem-sucedidos.
Não é tudo:
Para entender a gravidade desse método numa campanha eleitoral é preciso dar nome ao boi. No caso, o exemplo seguido e, sejamos justos, aperfeiçoado por Pablo Marçal. É hora de a porca torcer o rabo. É o instante em que o feitiço se volta contra o feiticeiro. É o momento em que o malandro se enreda na malandragem e se avizinha do xilindró. Aliás, Pablo viu o sol nascer quadrado. Marçal contemplou o horizonte quadriculado atrás das grades. Pablo Marçal dormiu onde o filho chora e a mãe não vê. E, segundo matéria de Artur Rodrigues, “foi solto após delatar comparsas à Polícia Federal”. [7]
(Concorrer à prefeitura de São Paulo é muito perigoso. Travessia. A vida o que ela quer da gente é coragem de ser honesto.)
Pablo Marçal adotou a estratégia inventada por Andrew Tate, uma das mais polêmicas figuras do universo digital, que foi preso algumas vezes na Romênia, país para o qual se mudou, e no momento responde a acusações muito sérias.
(E ele nem sequer cogitou em se candidatar a cargo algum.)
Mas quem é Andrew Tate? Uma celebridade mundial no universo das redes sociais, ele foi um kickboxer profissional de grande êxito: em 86 lutas oficiais, venceu 76, perdeu apenas 9 e empatou somente 1 confronto. No MMA tem um histórico muito mais modesto: venceu 4 e perdeu 2 lutas. Após se aposentar, começou a acumular controvérsias como se não houvesse amanhã, muito embora o amanhã de tantos Pablos Tates dependa justamente da proliferação de ruído. Em 2016, Andrew Tate foi expulso do Big Brother, na Inglaterra, em meio a acusações muito graves que corriam em tribunais. Modelo supremo para “incels” (celibatários involuntários), “ancaps” (anarcocapitalistas), ícone do movimento “red pill” (misoginia na veia), líder inconteste da corrente de afirmação da virilidade num “mundo emasculado(r)”, Andrew criou o campeonato de cortes de si mesmo. E, qual a surpresa?, Tate tudo sabe, tem a solução para todos os problemas, especialmente os mais complexos e espinhosos, não há experiência que desconheça, sobretudo as mais radicais e inverossímeis, discursa interminavelmente em busca da testosterona perdida, apresentando-se, e como poderia ser de outra forma?, como a imagem acabada de sua promessa.
No mercado digital, Andrew Tate deseja vencer por nocaute; vitória por pontos, ele grita confiante, é para “losers”. Tate fala sem parar, responde o que quer e sem relação necessária com a pergunta que lhe foi proposta. A dicção arrogante é um truque tão corriqueiro que se tornou a máscara permanente de um rosto harmonizado.
Andrew Tate nasceu em 1 de dezembro de 1986 e hoje tem 37 anos.
Pablo Marçal nasceu em 18 de abril de 1987 e hoje tem 37 anos.
(Pablo Tate ou Andrew Marçal?)
Andrew Tate é o “cara lá, um americano” que Pablo, o Marçal, “modelou”, em seu vocabulário idiossincrático. O sucesso ultrapassou as melhores expectativas do nada modesto Andrew Tate: em 2022, foi o nome mais procurado no Google em todo o mundo. Em 2023, conheceu leve declínio, mas ainda assim obteve um resultado nada desprezível: seu nome foi o terceiro mais pesquisado.
Será mesmo que o crime não compensa?
O retorno da Esfinge
Começamos com Édipo, o forasteiro que sem saber retornou à casa, e concluiremos com o rei de Tebas, o dono do poder que sem saber matou o pai e desposou a mãe. Você se recorda do enigma da Esfinge? Ele se referia à condição humana. A charada levantava um espelho que refletia a essência da nossa temporalidade. Confrontados com o paradoxo que nos define, em geral somos incapazes de reconhecer nosso rosto. O medo de enfrentar a verdade sobre quem de fato somos não nos permite abrir os olhos. Pior: a arrogância, produzida por inegáveis êxitos, pode levar à derrota definitiva: nos perdermos de nós mesmos.
Não basta, portanto, “pegar o código” de um meio e acreditar que a chave de decifração abrirá todas as portas do universo – ainda que seja do multiverso Marçal. “Veja como me tornei milionário! Prova inconteste de que posso tudo, inclusive cometer crimes eleitorais!” A empiria selvagem da prosperidade tem um limite intransponível, kafkiano: “Diante da Lei”.
(Emanando uma claridade que ofusca seus olhos cansados. Suas retinas tão fatigadas.)
No universo do mercado digital, Pablo Marçal é um Midas e tudo o que toca vira ouro.
No terreno da política partidária, Pablo Marçal é um Midas às avessas e tudo o que toca vira crime – previsto nos códigos eleitoral e penal.
Pablo Marçal se comporta no mundo real da política como se estivesse num RPG eletrônico, numa autoconfiança que se confunde com puro delírio de grandeza. Aproxima-se o choque de realidade, que será impiedoso.
Assistiu a este vídeo?
Ironia perversa, a queda principiou pelo meio que favoreceu o sucesso: a difusão de suas ações, a promoção de seu “brand”. Uma seguidora fiel, cuja profissão é a produção de cortes, fez uma confissão grave. Repare que ela usa o boné da campanha eleitoral de seu mestre; preste atenção no momento em que descreve as formas de ganhar dinheiro com cortes do guru de Goiás:
“O Pablo tem um campeonato de corte, só que ele paga só até o trigésimo lugar. E o nosso objetivo aqui é fazer dinheiro todos os dias com os vídeos dele, que é o que eu faço. (…). Tem como você fazer dinheiro no YouTube, no TikTok, que são plataformas que pagam em dólar pela quantidade de visualização que tem em seus vídeos. (…) Além da competição do Pablo Marçal, que ele paga em dinheiro”.
Ao dizê-lo, a produtora de cortes imaginou fazer o maior dos elogios; afinal, ao que tudo indica, o vídeo é uma ação para vender um curso: “como fazer cortes e ganhar dinheiro viralizando o conteúdo de Pablo Marçal”. No fundo, ela prestou um relevante testemunho da prática continuada de crime eleitoral gravíssimo, que tanto deve levar à impugnação da chapa quanto pode até resultar na inelegibilidade do candidato. Há muitos outros cortes “confessionais” dessa natureza, evidenciando o abuso de poder econômico e o uso indevido dos meios de comunicação.
Você se deu conta? Pablo Marçal paga só até o trigésimo lugar! Mas se são pelo menos 4 mil pessoas que se tornaram reféns dessa infernal máquina de impulsionar o narcisismo alheio, o que ocorre com os outros 3.970 cortes feitos? Nada! Trabalharam de graça para o homem que promete remunerar pelo serviço.
(O homem que diz dou (não dá), porque quem dá mesmo (não diz).)
Retorno à pergunta: será que o crime compensa?
(Na Romênia, Andrew Tate voltou à prisão e seu futuro parece sombrio.)
[1] Interrompo, nesta semana, a série “Tempestade perfeita”, para propor algumas hipóteses acerca do fenômeno Pablo Marçal. A interrupção se justifica pela urgência do tema.
[2] William Shakespeare. Othello. Ato I, Cena III. Norman Sanders (ed.). The New Cambridge Shakespeare: Cambridge University Press, 2003, p. 92. Na tradução de Lawrence Flores Pereira: “Põe dinheiro na bolsa”. Otelo. São Paulo: Penguin / Companhia das Letras, 2017, p. 158.
[3] Idem, Ato I, Cena I, p. 68. Na tradução de Lawrence Flores Pereira: “Eu não sou o que sou”, p. 137.
[4] A compreensão do fenômeno na chave da precariedade que ainda hoje estrutura as relações sociais é uma importante contribuição de Rosana Pinheiro-Machado. Ver a entrevista de 21 de agosto de 2024, “Marçal já conseguiu que a eleição em SP seja sobre ele, diz antropóloga”: https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2024/08/21/marcal-ja-conseguiu-que-a-eleicao-em-sp-seja-sobre-ele-diz-antropologa.htm.
[5] Eis o link: https://www.youtube.com/watch?v=5KI8o-2JCus.
[6] Eis o link: https://www.youtube.com/watch?v=7cSPD3VT4Z4, destaques meus.
[7] Artur Rodrigues. “Marçal foi solto após delatar comparsas à Polícia Federal”. Folha de S. Paulo, 26 de agosto de 2024.
Artes: Henrique Caldeira
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