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Papa Francisco volta a dizer que há ‘viadagem’ na Igreja Católica, diz agência

Declaração do papa foi dada em conversa com padres de Roma
12/06/2024 | 09h38

O papa Francisco voltou a usar o termo homofóbico viadagem (frociaggine, no original em italiano) semanas depois de ter sido obrigado a se desculpar por ter dito a palavra em uma reunião a portas fechadas com bispos italianos. O fato foi revelado pela agência de notícias italiana Ansa.

O religioso teria dito, em uma conversa com padres de Roma, que “existe um ar de viadagem no Vaticano” e repetiu que homens com “tendências homossexuais” não deveriam ter permissão de entrar para o seminário e se tornarem sacerdotes.

Papa já havia feito declaração similar

No dia 27 de maio, jornais italianos revelaram que o religioso declarou que os seminários já estão “cheios de viadagem”, e que homens gays não podem ter permissão para se tornar padres.

Segundo bispos presentes no encontro, na época, o pontífice “não tinha consciência” do quão ofensiva a palavra é em italiano, que não é a língua materna de Francisco.

Papa Francisco

Francisco orientou a Igreja a uma postura mais acolhedora com fiéis LGBTQIA+ (Foto: Vaticano)

Desde que foi eleito papa pelo colégio cardinalício em 2013, Francisco orientou a Igreja a uma postura mais acolhedora com fiéis LGBTQIA+.

Em dezembro do ano passado, o papa autorizou a bênção a casais do mesmo sexo e àqueles considerados “em situação irregular”, termo usado para se referir aos que estão em sua segunda união após um divórcio. O veto ao casamento homoafetivo, no entanto, foi mantido.

O que diz o Vaticano?

Após as primeiras declarações do papa, o Vaticano, em nota, disse que o papa reforçou a necessidade que pessoas LGBTQIA+ sejam acolhidas pela Igreja Católica ao mesmo tempo em que é preciso cautela para que elas não virem seminaristas.

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