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O ex-presidente do Uruguai, José Alberto Mujica, 88 anos, mais conhecido como Pepe Mujica, anunciou, na última segunda-feira (29), que está com um tumor no esôfago. Segundo ele, a doença foi identificada em um check-up de rotina e é de difícil tratamento.

“É duplamente complexo no meu caso porque sofro há mais de 20 anos de uma doença imunológica que afeta, entre outras coisas, os rins, o que cria dificuldades óbvias para quimioterapia ou técnicas cirúrgicas”, disse o ex-presidente.

“Quero transmitir às meninas e aos meninos que a vida é bela, mas se desgasta. A questão é recomeçar cada vez que cair e, se houver raiva, transformá-la em esperança. Ninguém é salvo sozinho”, ressaltou.

Após o anúncio, diversas personalidades e lideranças políticas brasileiras se manifestaram em apoio ao ex-presidente uruguaio, considerado uma das maiores lideranças progressistas da América Latina.

Lula: solidariedade ao ‘irmão’ Mujica

Pepe Mujica andando em seu Fusca ao lado do presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert/ Divulgação

Por meio das redes sociais, o presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT) manifestou apoio ao ex-presidente uruguaio.

O deputado federal e pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), também se manifestou, em seu perfil no X.

“É um gigante que já enfrentou duras batalhas na luta por justiça social. Eu não tenho dúvidas de que vencerá mais essa. Força, Pepe! Estamos aqui desejando pronta recuperação, companheiro!”, escreveu.

Outro a demonstrar solidariedade foi Marcelo Freixo, atual presidente da Embratur: “Desejo muita força e amor para enfrentar mais essa batalha que se inicia, agora contra um tumor”.

Atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT) desejou “pronta recuperação” ao ex-presidente do Uruguai, a quem chamou de “grande líder”.

Pepe Mujica

Mujica foi presidente do Uruguai entre 2010 e 2015, quando passou o cargo para Tabaré Vázquez, seu correligionário. Após a presidência, ele foi eleito duas vezes para o Senado, mas deixou o cargo definitivamente em 2020, por conta da pandemia de Covid-19.

O ex-presidente integrou o Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros, atuando em operações de guerrilha contra a ditadura que governava o país. Por sua atuação como guerrilheiro, foi detido diversas vezes e torturado. Ao todo, ele passou quase 15 anos da sua vida na prisão.

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