ICL Notícias
Sociedade

Pesquisa revela que 31% dos brasileiros receberam notícias falsas sobre tragédia no RS

Segundo os pesquisados, 35% revelaram que receberam as fake news de 'conhecidos em grupos de WhatsApp'
12/05/2024 | 08h16

Pesquisa da Quaest revela que 31% dos brasileiros admitiram ter recebido notícias falsas sobre a tragédia no Rio Grande do Sul. A informação é do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Realizada entre os dias 2 e 6 de maio, a pesquisa perguntou “Você recebeu alguma fake news sobre as enchentes no Rio Grande do Sul?”.

Apesar de 69% dos entrevistados tenham negado o recebimento de fake news, muitos deles podem ter sido vítima de notícias falsas mas não conseguiram reconhecer os conteúdos como desinformação.

Pesquisa: origem das fake news

A Quaest também perguntou a origem das fake news recebidas. Segundo os pesquisados, 35% revelaram que receberam as notícias falsas de “conhecidos em grupos de WhatsApp”.

Em seguida, 24% disseram que receberam de “amigos”. Já 11% revelaram que as fake news foram enviadas por “políticos” e “colegas de trabalho”, enquanto 10% foram recebidos de “primo, tio, avô”.

AGU contra notícias falsas

Na última sexta-feira (10), A Advocacia-Geral da União (AGU) promoveu reunião com representantes das principais plataformas digitais para propor medidas de combate à desinformação envolvendo as enchentes que atingem o Rio Grande do Sul.

No encontro, a AGU propôs atuação conjunta com as empresas que operam as redes sociais para criação de um canal direto para retirada de conteúdos com desinformação sobre a tragédia.

Móveis empilhados e lama nas ruas de Muçum. Foto: Diogo Zanatta/ ICL Notícias

De acordo com o advogado-geral, Jorge Messias, quando for identificada postagem com notícias falsas, o governo vai acionar as plataformas diretamente para que o conteúdo seja removido. Os aplicativos terão o prazo de 12 horas para responder à solicitação enviada.

“Temos identificado nos últimos dias um aumento muito preocupante de conteúdos desinformacionais que têm abalado a atuação das forças de segurança pública nos trabalhos de pronto-atendimento, salvamento e auxílio à população do Rio Grande do Sul”, afirmou Messias.

Justiça Federal acionada

Na quarta-feira (8), a AGU entrou na Justiça Federal com pedido de resposta contra o coach Pablo Marçal em razão de postagens com informações falsas sobre a atuação das Forças Armadas na prestação de auxílio à população gaúcha.

Marçal foi acionado pela AGU por ter postado vídeos no Instagram e no TikTok acusando as Forças Armadas de inércia na tragédia.

AGU: X

A AGU também encaminhou à rede social X (antigo Twitter) pedido, em notificação extrajudicial, para que em até 24 horas, a plataforma acrescente a postagens com desinformações sobre o patrocínio do show da cantora Madonna no Rio de Janeiro o esclarecimento de que não houve qualquer repasse de recursos federais para o evento.

A AGU ressalta “que as publicações infringem os termos de uso da própria plataforma {X} — que proíbe a publicação de conteúdo enganoso ou fora de contexto com potencial de causar confusão generalizada sobre questões públicas”.

Leia também

Extrema direita e o RS: fake news podem ser analisadas como causa e efeito

Governo quer usar PF para investigar e responsabilizar quem divulga fake news sobre tragédia no RS

Na maior catástrofe do RS, extrema direita espalha fake news e atrapalha doações 

 

Deixe um comentário

Mais Lidas

Assine nossa newsletter
Receba nossos informativos diretamente em seu e-mail