Por Fabiana Paiva, do Tempo Real RJ
Os dois presos pela Polícia federal com R$ 500 mil em dinheiro em Niterói, na quinta-feira (24), também carregavam santinhos do candidato a prefeito Carlos Jordy (PL), que disputa o segundo turno com Rodrigo Neves (PDT).
Os dois homens foram detidos no bairro de Icaraí. As cédulas estavam em mochilas dentro de um carro que, segundo a PF, é de uso do Departamento de Estradas e Rodagens do Rio de Janeiro (DER-RJ). O órgão nega e afirma que não há nenhum veículo do modelo apreendido a serviço ou de sua propriedade.
Os policiais federais chegaram ao veículo após um trabalho de inteligência e troca de informações. A suspeita é de que a quantia seria utilizada para compra de votos. Além da prática de corrupção eleitoral, o inquérito vai apurar lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Como no interior do veículo foi encontrado ainda um revólver calibre .38 com cinco munições, os presos também vão responder por porte ilegal de arma de fogo.
Jordy repudiou a associação de seu nome com a apreensão
Em nota, Carlos Jordy repudiou a associação de seu nome com a apreensão. Segue a resposta na íntegra:
“Recebo com surpresa o fato da PF ter feito uma nota e apresentado todo material aprendido em seu site oficial, para em algumas horas, terem surgido 13 panfletos molhados e amassados com meu nome, fotografados sobre uma mesa.
Saliento ainda que os vídeos feitos por transeuntes e circulando pela internet mostram o interior do veículo sem qualquer panfleto.
Outro fato estranho segue sendo a PF não ter ainda apresentado os nomes dos presos, para que possamos averiguar a quem são ligados de fato.
Nossa campanha repudia qualquer tentativa de ligação entre o ocorrido e, desde o primeiro turno, fazemos uma campanha limpa, levando propostas e soluções ao cidadão.
Rodrigo Neves está desesperado e usando influência para armar e permanecer no poder.”
Mais de R$ 4,5 milhões apreendidos
Com a apreensão dos R$ 500 mil, a Polícia Federal no Rio contabiliza, até aqui, o montante de R$ 4.565.040,00, em espécie apreendidos em ações de combate à corrupção eleitoral neste ano de 2024.
A ação foi desenvolvida pelo Grupo de Combate aos Crimes Eleitorais da PF no Rio de Janeiro (GET) e contou com apoio dos policiais federais da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE) e da Delegacia de Direitos Humanos e Defesa Institucional (DELINST).
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