Profissionais com pós-graduação são mais valorizados no mercado de trabalho

Os profissionais que concluíram uma pós-graduação, no mercado de trabalho do Brasil, chegam a ter remuneração 113% superior, chegando a R$ 5.243, a quem possui apenas a graduação. A informação é de uma pesquisa do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Ensino Superior do Estado de São Paulo (Semesp), divulgada em dezembro de 2023.

A pesquisa revelou, ainda, que entre os profissionais pesquisados, 95,6% dos que já estão cursando uma pós-graduação afirmaram que pretendem fazer outras especializações. O estudo do Instituto Semesp tem como fonte a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD) Contínua do IBGE.

De acordo com o levantamento, 60% dos entrevistados que ainda não fizeram um curso de especialização ou MBA têm interesse em ingressar nos próximos anos. Desses, 72,2% gostariam de fazê-lo já neste ano de 2024.

Mercado de trabalho: doutorado

Segundo a pesquisa, os profissionais que possuem doutorado (pós-graduação stricto sensu) recebem, em média, remuneração 66,9% superior aos estudantes da especialização.

Em 2023, o número total de alunos que frequentaram cursos de especialização de nível superior no Brasil ultrapassou 1,4 milhão, quantidade 1,3% maior do que no ano anterior. A quantidade de matriculados em cursos de doutorado também cresceu no ano passado, chegando a 154 mil matrículas, com um aumento de 2,5% em relação a 2022.

Só a região Sudeste concentrou 656 mil alunos matriculados em cursos de especialização em 2023, 46% do total. Entre 2016 e 2023, o crescimento de matrículas nessa região chegou a 154%.

Segundo o Instituto Semesp, em 2023, mais de 1,2 milhão dos alunos que frequentavam um curso de especialização trabalhavam, o que representa 88,2% do total.

A maioria trabalhava no setor privado (46,5%), entre os anos 2016 e 2023. 43,3% deles trabalhavam em empresas que exercem atividades de Educação, Saúde Humana e Serviços Sociais; 61,5% são profissionais das Ciências e intelectuais.

De acordo com a pesquisa, houve um aumento da participação de alunos que frequentam cursos de especialização que trabalham por conta própria (passou de 11,8% para 15,6%).