Por Bruno Lucca
(Folhapress) – Alunos da USP (Universidade de São Paulo) protestam após uma denúncia de estupro e outra de tentativa de estupro contra mulheres na Cidade Universitária, na zona oeste da capital paulista.
Desde o início da tarde desta sexta-feira (13), eles erguem cartazes em frente a Prip (Pró-reitoria de Inclusão e Pertencimento), pedindo por maior combate ao assédio e violência na instituição e chamando a reitoria de cúmplice.
“Quantos casos precisam acontecer?”, diz um dos textos levados pelos manifestantes.
Yasmin Mendonça, 20, moradora do Crusp (Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo), relatou ter sido vítima de um estupro na habitação no último dia 19 de agosto. O acusado era seu vizinho, estudante da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), assim como ela.
O caso foi revelado pela Folha de S.Paulo na quarta-feira (11). Inicialmente, a USP apenas remanejou o suspeito para outro bloco. Na quinta-feira (12), porém, decidiu expulsar o suspeito de seu apartamento.
Um processo foi instaurado na Procuradoria Geral da Universidade para apuração do caso e medidas cabíveis. A Polícia Civil também abriu inquérito, após a vítima registrar boletim de ocorrência no 93º DP (Jaguaré).
Yasmin está presente no protesto desta terça. Ela diz estar aliviada com a expulsão de seu agressor, mas seguir em busca de maior Justiça.
Abuso na USP
Outro caso de violência contra a mulher foi registrado na Cidade Universitária em agosto. Uma aluna denunciou uma tentativa de estupro no dia 21.
Segundo o boletim de ocorrência, registrado no 91º DP (Ceagesp), a jovem de 23 anos foi agarrada na praça do Relógio às 19h45 por um homem portando simulacro de pistola. Ela gritou, e o suspeito fugiu.
A polícia encontrou a arma falsa a poucos metros dali e a encaminhou para perícia. O agressor ainda não foi encontrado.
O caso incentivou uma série de protestos sobre a segurança na Cidade Universitária, no Butantã, zona oeste paulistana. Os estudantes reclamam da falta de guardas rondando os espaços e, principalmente, da iluminação precária.
A prefeitura do campus diz estar trocando as lâmpadas, mas haver necessidade de reforma em todo sistema. Enquanto isso não é feito, a solução aplicada será a poda de árvores.
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