Um estudo do International Workplace Group (IWG) revelou que empresas inflexíveis com relação ao local de trabalho podem acabar perdendo talentos para o “quiet quitting” — quando o funcionário faz apenas o mínimo exigido para sua função.
De acordo com a pesquisa, cerca de 57% dos funcionários estariam dispostos a adotar essa estratégia caso não pudessem escolher onde trabalhar.
Grande parte dessa insatisfação está relacionada ao longo tempo perdido pelos empregados no deslocamento até o trabalho, a microgestão e a falta de autonomia sobre o local de trabalho. Esses fatores seriam responsáveis pela perda de interesse dos funcionários em suas atividades diárias.
Uma alternativa que surgiu como uma possível solução para esse cenário foi o modelo híbrido de trabalho — quando o funcionário divide sua escala em dias nos quais pode trabalhar home office e dias que vai presencial até a empresa.
O levantamento mostrou que 40% dos empregados que precisam trabalhar em escritórios se mostraram menos propensos a fazer o “quiet quitting“, quando há a opção de trabalhar de forma híbrida.

O trabalho híbrido pode servir para motivar o funcionário, além de aumentar a produtiidade (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
‘Quiet quitting’: motivação e retenção de funcionários
Os dados recolhidos mostraram que mais controle sobre quando e onde realizam suas tarefas pode manter os funcionários mais engajados e motivados com seu trabalho, além de ser capaz de aumentar a retenção de talentos das empresas.
Segundo o estudo, 62% dos trabalhadores híbridos considerariam deixar seus empregos se fossem obrigados a voltar ao escritório cinco dias por semana.
A pesquisa também mostrou que 71% dos entrevistados recusariam empregos com longo deslocamento, enquanto 72% só aceitariam a vaga caso pudessem trabalhar do lugar que escolhessem.
Além da maior comodidade de poder trabalhar de casa, o trabalho híbrido se mostrou uma forma eficiente de aumentar a produtividade. 78% dos entrevistados disseram ter um aumentos de eficiência quando trabalham sob esse modelo.
O equilíbrio entre a vida pessoal e profissional se mostrou um fator chave para o bem-estar dos funcionários. Segundo o estudo, promover esse balanço e mostrar confiança que os empregados executarão suas funções, independente do local ou horário do trabalho, e estar aberto a novas ideias, são sinais de boa gestão.
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