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Margareth Signorelli

Especialista em Relacionamentos pelo Método Gottman. Pós-graduada em Sexualidade pelo PROSEX- Faculdade de Medicina da USP. Gold Standard e Optimal EFT terapeuta. Autora do livro “Os 4 Pilares para uma vida feliz e saudável com EFT”. Criadora e Idealizadora de cursos de Autoaplicação da Técnica EFT, de Relacionamentos e de Formação de Terapeutas na Técnica EFT.

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Relacionamentos infelizes têm solução?

John Cuber e Peggy Harroff, escritores americanos, conduziram um estudo sobre relacionamentos infelizes e os classificaram em 3 tipos
28/02/2024 | 05h00

John Cuber e Peggy Harroff, escritores norte-americanos, conduziram um estudo sobre relacionamentos infelizes e os classificaram em três tipos:

Relacionamentos sem vida

O casal permanece na relação por terem se amado há muitos anos. A relação tem se mantido sem vida por muito tempo. Não existem conflitos e nem questionamentos, eles simplesmente coabitam. Quem os observa não consegue notar que a paixão e o amor foram substituídos pela apatia.

Relacionamentos passivos

Nunca foram apaixonados. A relação foi sempre baseada na amizade. A pouca expectativa mútua gera pouca decepção. Não brigam muito e o comodismo impera sem anseio de transformação. Não podemos dizer que são felizes ou infelizes, simplesmente estão na união e não existe questionamento sobre desejos de mudanças ou o que é felicidade.

Relações de conflito habitual

Brigas constantes e muita adrenalina. Perderam ou nunca tiveram a noção do que é ter uma união harmoniosa, vivendo sempre na posição de defesa ou ataque. Como existe intensidade em tudo, o sexo acaba sendo muito presente e vibrante, o que de certa forma, para os dois, pode ser um sinônimo de felicidade.

Mudanças

Para que haja mudanças nestas 3 classificações de relacionamentos infelizes, segundo John Cuber e Peggy Harroff, não é preciso que necessariamente os dois mudem seus comportamentos. Se somente um dos dois mudar, os resultados mudarão.

Baseado nisto, sugiro algumas atitudes na procura de transformações na relação.

1. Sem vida

Nesta relação, um dia existiu a chama do amor que diminuiu por vários fatores, mas não necessariamente se apagou. Imagine uma fogueira quando está quase apagando e sopramos ar sobre ela. Isto traz de volta a possibilidade da chama se formar novamente. O amor precisa deste oxigênio para reaparecer.

Isto pode acontecer com pequenos toques, uma carícia ou um presente inesperado. Tudo em busca de resgatar o que se perdeu pelo caminho da vida. Sugiro assistir ao filme “Um divã para dois”, com Meryl Streep e Tommy Lee Jones, um filme delicado que mostra esta exata situação, que muitos vivem e não percebem.

2. Passivos

Em uma união de amizade e respeito não quer dizer que não exista felicidade. Se está bom para os dois, por que não continuar? Mas se tudo na vida deve ser baseado no que você quer criar, caso um dos dois queira procurar, em outra relação, a chama da paixão, que pode se transformar em amor, por que não tentar?

Neste caso, sugiro uma conversa sincera de amigos e companheiros, expondo a sua ânsia de mudanças. Se houver uma separação o casal pode até sofrer, mas os dois irão entender a busca do outro por uma relação diferente da existente.

3. Conflito habitual

A adrenalina constante mexe com nossos hormônios e nossa paz. Passar a vida ligado nos 220 volts pode trazer danos físicos que superam os psicológicos. Neste caso atitudes radicais tem que ser tomadas, principalmente por esta relação estar mascarada pela parte sexual.

Sugiro a procura de ajuda de um profissional em busca de orientação para o casal aprender a criar uma relação harmoniosa ou que entendam que uma ruptura pode ser mais saudável do que manter o relacionamento como está.

 

Perceba que em qualquer tipo de conexão existem saídas para melhoras e transformações. O importante é compreender que pior do que estar em uma relação infeliz é o conformismo, e não fazer nada para mudá-la.

Lembre-se que tempo e idade nunca serão impedimentos para a sua busca de contentamento. Ter consciência de que você está em um relacionamento infeliz e querer mudá-lo para melhor, mesmo que para isto exista a separação, é — e sempre será — o melhor caminho para a felicidade.

Grande abraço!

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