Internado de urgência na noite desta segunda-fera (9), o presidente Lula foi submetido a uma craniotomia.
Segundo o neurocirurgião Victor Barboza, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, a craniotomia é a remoção de parte do osso do crânio para expor o cérebro para uma cirurgia. Uma seção do crânio, chamada retalho ósseo, é removida para acessar o cérebro.
O procedimento pode ser indicado em várias situações, inclusive remover sangue ou coágulos sanguíneos de um vaso sanguíneo rompido e drenar abscesso cerebral.
Uma craniotomia pode ser feita com várias ferramentas que ajudam o cirurgião a ver a área do cérebro. Isso inclui lupas, microscópio, câmeras de alta definição ou endoscópio.
Para alguns procedimentos de craniotomia, os médicos usam ressonância magnética ou tomografia computadorizada. A imagem ajuda a guiar o médico para o local exato do cérebro a ser tratado.
Uma craniotomia geralmente requer internação hospitalar de 3 a 7 dias ou mais, dependendo da condição do paciente. Os procedimentos podem variar dependendo da sua condição e das práticas do seu médico, seguindo, na maioria das vezes, as seguintes etapas:
- O cirurgião pode usar vários tipos de incisões, dependendo da área afetada do cérebro. Se um endoscópio for usado, as incisões podem ser menores.
- A cabeça será mantida no lugar por um suporte de cabeça, que será removido no final da cirurgia.
- O cirurgião pode usar uma broca médica para fazer orifícios no crânio e uma serra especial para cortar cuidadosamente o osso.
- O retalho ósseo será removido e reservado.
- O cirurgião separa a cobertura externa do cérebro diretamente abaixo do osso (dura-máter) e a corta cuidadosamente para expor o cérebro.
- Após a cirurgia no cérebro, o cirurgião substitui a aba óssea e a prende ao osso circundante por pequenas placas e parafusos de titânio. Se parte do osso do crânio é removida e não substituída imediatamente, é chamada craniectomia.
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