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Juliana Dal Piva

Formada pela UFSC com mestrado no CPDOC da FGV-Rio. Foi repórter especial do jornal O Globo e colunista do portal UOL. É apresentadora do podcast "A vida secreta do Jair" e autora do livro "O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro", da editora Zahar, finalista do prêmio Jabuti de 2023.

Servidores contam que Ramagem e investigados usavam agentes para acessar sistemas

Uma das linhas de defesa do deputado federal Alexandre Ramagem é afirmar que não possui senhas dos sistemas da Abin
26/01/2024 | 22h50

Uma das linhas de defesa do deputado federal Alexandre Ramagem (PL–RJ) é afirmar que não possui senhas dos sistemas da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Segundo ele, os demais policiais federais de sua equipe também não tinham.

A coluna apurou que essa alegação dele bate com a informação de servidores da agência que relatam que tanto Ramagem como os demais investigados demandavam consultas dentro dos sistemas.

Os delegados e policiais federais dentro da agência não faziam as consultas diretamente. Desse modo, também não deixavam rastros de que consultas eles próprios faziam.

Em entrevista ao programa Estúdio I, da Globonews, na quinta-feira (25), Ramagem negou que tenha feito espionagem ilegal. O ex-diretor-geral da Abin disse: “Nós da direção da Polícia Federal, policiais federais que estavam comigo, nunca tivemos a utilização, execução, gestão ou senha desses sistemas”, pontuou Ramagem, que também foi delegado da PF.

Na quinta-feira, a PF deflagrou a operação “Vigilância Aproximada” que apura o uso ilegal da ferramenta First Mile pela Abin durante a gestão de Ramagem no governo de Jair Bolsonaro. Segundo dados obtidos pela PF, a agência usou o software israelense para monitorar, ilegalmente, opositores, políticos, jornalistas e magistrados.

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