Um pedido para invalidar a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), foi encaminhado pela Polícia Federal (PF) ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta terça, 19.
O ministro Alexandre de Moraes solicitou à Procuradoria-Geral da República que realizasse uma análise sobre o caso. Após essa avaliação, ele decidirá se tomará medidas para decretar a prisão de Cid, caso a PF solicite.
Em depoimento na tarde desta terça-feira (19), Cid negou ter conhecimento de um plano para um golpe de Estado em dezembro de 2022.
De acordo com informações da TV Globo, os investigadores ficaram insatisfeitos com suas declarações, o que coloca a delação em risco de ser anulada.
Mauro Cid diz que não sabia de nada
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro também afirmou não saber os detalhes das apurações que resultaram na operação desta terça-feira (19), que levou à prisão de quatro militares e um policial federal.
A investigação da Polícia Federal revela que Cid e o general da reserva Mário Fernandes, preso na operação desta terça, trocaram mensagens sobre supostas ações golpistas.
O general afirmou a Cid que conversou com o presidente e ouviu dele que “qualquer ação” poderia ocorrer até o último dia de 2022.
Relacionados
Idosos são menos de 20% entre condenados pelo STF na tentativa de golpe
Apenas 18,5% dos condenados às penas mais extensas pelo STF são pessoas com mais de 60 anos
Moraes vota por 14 anos de prisão a mulher que pichou ‘perdeu, mané’ na estátua da Justiça
Débora Rodrigues dos Santos é julgada pela Primeira Turma da corte
STF tem três votos a zero para condenar Carla Zambelli por porte ilegal de arma
Caso de Carla Zambelli ocorreu às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais de 2022