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Envio do caso Marielle ao STF indica que envolvido tem foro privilegiado

Informação da TV Globo foi confirmada pelo portal ICL Notícias. Identificação aponta um parlamentar federal
14/03/2024 | 19h53

Por Karla Gamba

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 14 de março de 2018. A informação foi publicada em primeira mão pelo jornalistas Márcio Falcão e Vladimir Netto, no G1, e foi confirmada pelo portal ICL Notícias.

O STJ teria enviado a investigação ao STF após identificação de um suposto envolvimento de uma pessoa com foro privilegiado no Supremo na execução da parlamentar e do motorista da vereadora.

De acordo com o jornalista Aguirre Talento, do UOL, o suspeito seria um parlamentar federal. Não se sabe, no entanto, o real envolvimento, se seria um possível mandante ou outra relação.

Têm foro privilegiado presidente, vice-presidente, ministros, senadores, deputados federais, integrantes dos tribunais superiores, do Tribunal de Contas da União e embaixadores.

A investigação corre em sigilo e não há mais informações sobre a identidade da pessoa que teria foro privilegiado. Procurada, a assessoria do STF informou que não tinha informações sobre o caso.

Lewandowski

Nesta quinta-feira (14), o ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Lewandowski, afirmou que espera anunciar “em breve” o fim das investigações do Caso Marielle, que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.

“Vamos resolver. As investigações estão avançando mesmo. O inquérito é sigiloso e o ministro não se mete nos inquéritos que são levados, mas as notícias que temos é que nós vamos encontrar os criminosos. Espero poder anunciar isso em breve”, afirmou o ministro.

Caso Marielle: PF

Em janeiro, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que as investigações do assassinato teriam “uma resposta final” até o fim de março. A informação foi dada em entrevista à CBN.

“É um desafio que a PF assumiu no ano passado. Estamos há um ano à frente dessa investigação, de um crime que aconteceu há cinco anos, com a convicção de que ainda neste primeiro trimestre a Polícia Federal dará uma resposta final do caso Marielle”, garantiu Rodrigues.

Delação

Nesta quarta-feira (13), a jornalista Juliana Dal Piva informou que a Polícia Federal segue em tratativas por um acordo de colaboração premiada com o ex-PM Ronnie Lessa. No entanto, a delação está longe da conclusão.

Lessa foi denunciado pelo Ministério Público do Rio como o atirador que disparou os tiros que mataram a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.

Júri popular

Também nesta quarta-feira, a Força-tarefa Marielle Franco e Anderson Gomes do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentou as alegações finais na ação penal movida contra o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, e pede que ele seja julgado pelo Tribunal do Júri pelas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

De acordo com o MPRJ, nas conclusões do parecer, além do julgamento, os promotores Eduardo Morais Martins e Mario Jessen Lavareda pedem que o réu seja pronunciado por homicídio duplamente qualificado contra Marielle e Anderson, além de uma tentativa de homicídio duplamente qualificado contra Fernanda Chaves, assessora da vereadora, que estava no mesmo carro no dia do crime.

Os promotores pedem ainda que Suel seja julgado por receptação referente ao veículo Cobalt, usado no crime, e a manutenção da prisão preventiva do réu em presídio federal de segurança máxima.

Relembre o caso

Em 14 de março de 2018, a vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes foram assassinados no Estácio, na região central do Rio de Janeiro. Um Cobalt prata emparelhou com o carro da parlamentar e efetuou 14 disparos.

Suspeitos de serem autores dos homicídios, os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz estão presos e ainda vão ser julgados.

Em delação, Élcio de Queiroz confessou ter participado do crime. Ele ainda apontou que Ronnie Lessa foi o autor dos disparos. A PF, no entanto, ainda investiga o mandante do assassinado da vereadora.

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