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Tarcísio diz que Derrite tem se ‘saído muito bem’ na Segurança

O governador de São Paulo não comentou morte de Ryan, de 4 anos, em ação da PM
08/11/2024 | 09h28

Por Bruno Lucca

(Folhapress) — Menos de dois dias após a morte de uma crianças de 4 anos numa ação da Polícia Militar em Santos, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), teceu elogios a Guilherme Derrite, seu secretário da Segurança Pública.

“Você tem se saído muito bem e se tornado uma referência para todo o Brasil”, disse Tarcísio para Derrite no evento de formatura de delegados no Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo paulista, na manhã desta quinta-feira (7).

“Tem feito um trabalho revolucionário. Nos orgulhado muito. Sou muito grato”, afirmou Tarcisio de Freitas sobre Derrite.

O governador Tarcisio de Freitas em evento de formatura de delegados no Palácio dos Bandeirantes (São Paulo) (Foto: Marcelo S. Camargo/Governo de São Paulo)

O governador não mencionou a ocorrência que terminou com a morte do menino Ryan da Silva Andrade Santos, na noite de terça (5).

Tarcísio e Derrite evitaram imprensa

Derrite e Tarcísio saíram do local sem falar com jornalistas. O secretário de Segurança, porém, havia opinado sobre o caso nesta quarta-feira (6) durante visita à Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo). Ele lamentou a morte, mas afirmou que os policiais estavam apenas se defendendo de ataques.

Derrite ainda se irritou com a deputada Paula Nunes (PSOL), que o questionou sobre o assunto, e a acusou de fazer “vitimismo barato”. “Lamento muito que uma deputada estadual faça um vitimismo barato […] usando a morte de um menino de 4 anos para fazer politicagem. Não vou falar sobre a ocorrência, quem tem que falar sobre a ocorrência é o inquérito da Polícia Militar que foi instaurado”, disse.

Ryan foi atingido enquanto brincava na rua, no Morro São Bento, em Santos. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Uma ação da PM ocorria no local.

Tiro ‘provavelmente’ saiu de arma da PM

Em entrevista coletiva, o coronel Emerson Massera afirmou que, pela dinâmica dos fatos, o tiro que matou a criança provavelmente partiu da arma de um policial. A versão oficial do governo Tarcísio é que houve confronto entre os agentes e os suspeitos.

O pai de Ryan, Leonel Andrade Santos, 36, havia sido morto a tiros de fuzil por policiais militares do COE (Comandos e Operações Especiais) da PM durante a Operação Verão, em 9 de fevereiro.
Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), o caso é investigado pela Deic de Santos sob sigilo determinado pela Justiça. “O Inquérito Policial Militar sobre os fatos foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário”, declarou a pasta, em nota.

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